FIM DE ANO

Polêmica: as mangueirinhas luminosas de Natal

A Justiça maringaense deve decidir até terça-feira uma situação inusitada: a permanência ou não das mangueirinhas luminosas enrolando as árvores do centro da cidade.

Ambientalistas, ONGs e muitas pessoas de senso mediano defendem a retirada por várias razões.

Só os motivos ambientais bastariam, afinal, as árvores são o grande patrimônio de Maringá; é com elas que Maringá vende uma imagem de cidade verde; carregam outros tipos de vida, como samambaias, musgos e até orquídeas; as árvores são seres vivos importantíssimos também para a existência de outros seres vivos, como estes tais de humanos.

Mas, além da necessidade de preservação das árvores e também da fauna que ela abriga (e está aí a natureza a nos dar constantes recados sobre a precisão do ser humano de respeitá-la), há a questão legal: a legislação proíbe que árvores sirva de cabide para qualquer coisa.

Se a Justiça liberar o uso das árvores para as mangueirinhas, estará aberta a porta para a colocação de tudo nelas, de prego a holofotes como, vez ou outra, acontece.

A permanência das mangueirinhas nas árvores, que além de tudo enfeiam as árvores, pois não foram feitas para serem enroladas nelas, vai consolidar o espírito materialista e capitalista do ser humano maringaense, especialmente os envolvidos no tal projeto, pessoas que pertencem ao poder público e duas entidades privadas.

Se isto acontecer, passaremos por cima da lei dos homens, que proíbe penduricalhos nas árvores, e por cima da lei da natureza, que nos chama à preservação do jardim que Deus nos deu.