A primeira produção de lenços do Instituto Vale da Seda terão estampas mais do que especiais: é que elas reproduzirão o trabalho de quatro artistas plásticas paranaenses, feitos com exclusividade. A entrega destes trabalhos será feita nesta terça-feira (dia 3), às 14h30, na sede do Instituto Vale da Seda.As obras foram desenvolvidas utilizando várias técnicas pelas artistas Désirée Sessegolo (Curitiba), Deborah Kemmer (Maringá), Roberta Fernandes (Nova Esperança) e Francislaine Campos Garcia (Santa Fé).Désirée conta que utilizou uma técnica desenvolvida por ela e que demorou quatro anos para ser concluída: a de vidro celular. Trata-se de um processo feito com a reprodução digital de uma imagem e com pedaços muito pequenos de vidro que sofrem um processo de queima a 820oC por oito horas. Depois há um trabalho manual de polimento e retorno para o forno. As obras de Désirrée com esta técnica já foram expostas nos Estados Unidos, Argentina e Espanha e foram premiadas duas vezes pelo Museo del Vidrio de Bogotá, na Venezuela. “Para este trabalho do Vale da Seda utilizei vários tons de azul”, comenta ela sobre a obra exclusiva que desenvolveu.Roberta Fernandes, que é bacharel em Artes Visuais, utilizou uma técnica de desenho digital. Ela desenhou a mão utilizando uma caneta digital acoplada em uma mesa digitadora e depois imprimiu o material em tecido. Roberta conta que buscou inspiração em vários elementos, como os pinheiros que representam o Paraná, cores fortes do solo, folhas de amora para remeter à produção da seda e um rio que representa a Bacia Hidrográfica do Rio Pirapó, que abrange os 29 municípios da região do Vale da Seda e que são os maiores produtores de bicho-da-seda do Ocidente. “Desenvolvi este trabalho com muito carinho e me dediquei de maneira especial, porque moro em Nova Esperança e conheço a riqueza do trabalho das artesãs locais”, declara.Já os trabalhos da artista plástica Deborah Kemmer são marcados por traços fortes e cores que se desmancham em insinuações de barcos, indicando movimento e transformação. No caso da obra criada para o Instituto Vale da Seda, a artista diz que mesclou a leveza, sofisticação e exclusividade das cores da seda com traços que indicam ações, viagens e revelam a movimentação por meio da exportação do tecido para diversos países.
Francislaine Campos Garcia, natural de Santa Fé, fez suas obras utilizando a técnica de acrílico sobre tela com algumas modificações originais, como a utilização de plástico ao fundo. A estampa privilegia a harmonia geométrica, florais e pássaros, com tons em azul, rosa e terra. Francislaine iniciou seus estudos de Artes Visuais na Universidade Federal do Paraná (UFPR) e concluiu na Unicesumar. Em 20 anos de carreira, ela já teve suas obras expostas em todo o Brasil, e também em exposições coletivas na Itália, Áustria, Portugal, Holanda, Hungria, Tunísia, República Dominicana, entre outros.As obras serão entregues nesta terça-feira ao presidente do Instituto Vale da Seda, João Berdu. A estamparia será feita com a mais alta tecnologia digital, com dimensões 90 cm x 90 cm. Como os lenços serão feitos exclusivamente de seda, o preço sugerido será de aproximadamente R$ 250 a unidade. A expectativa é de que as peças estarão prontas no início de 2014, e serão comercializadas no showroom do Instituto Vale da Seda e também em lojas e shoppings.
Coletiva de ImprensaLocal: Instituto Vale da Seda, no antigo Complexo do IBC, na Av. Centenário, 116, Zona 8, MaringáHorário: 14h30Data: 03/12/2013