ARTE

Semana de artes visuais da Unicesumar aponta diversidades do mercado.

Semana de artes visuais da Unicesumar aponta diversidades do mercado.
Estudantes aproveitam a semana para fazer trabalho coletivo de artes.

Visando trazer à discussão os desafios contemporâneos das artes visuais, bem como apresentar as amplas possibilidades de atuação nesse meio, o curso de Artes Visuais da Unicesumar promove esta semana o seu oitavo ciclo de estudos na área. A programação inclui desde palestras e oficinas à construção coletiva de obras de arte.

Uma das ações que está acontecendo com a participação do grafiteiro Renê Meyring (ex-aluno do curso) e estudantes é a intervenção em uma Kombi, um veículo antigo que foi adquirido pela instituição com a finalidade de servir como suporte para um trabalho de grafite.

Renê Meyring, que passou pelo curso de Artes Visuais e hoje é requisitado pelo mercado, diz como instrutor do curso, que o grafite deixou de ser uma arte marginalizada para estar presente em muitos espaços urbanos, não apenas nos muros como era antigamente.

"As pessoas não veem mais o grafite somente como pichação, mas também como arte. Qualquer espaço pode ser pintado com esta técnica, desde uma tela, até um veículo, um banco de praça. Eu já pintei geladeira velha como objeto de decoração e até mesmo uma patente, em meio a um banheiro todo branco", explicou o artista.

Possibilidades

Segundo a coordenadora de Artes Visuais, Deborah Kemmer, a semana do curso tem como proposta instigar o pensamento e abrir o olhar dos futuros profissionais para o amplo campo de trabalho. Para ela, um dos desafios da arte contemporânea "é sair dos locais fechados e ganhar as ruas, os espaços públicos, onde as pessoas possam passar, ver e admirar".

Foi pensando neste contexto de expansão da arte, que os organizadores da semana resolveram também trazer ex-alunos e profissionais do mercado que atuam em campos diferentes da cultura e da arte para falar. "Nós convidamos ex-alunos nossos que estão se diferenciando no mercado para mostrar como exemplo aos atuais estudantes", informou Deborah Kemmer.

Este é o caso de Fortunato Medeiros e Marco Verri, que hoje trabalham com cinema e produção audiovisual e vão falar dessa experiência nesta quinta-feira (16) à noite. Já ontem estiveram presentes as ex-alunas Anelise Nani da Fonseca, hoje professora de Artes Visuais da UEM e de pós-graduação da Unicesumar e Viviam Moreno, professora do ensino médio, que falaram sobre a formação do gosto e o cinema em sala de aula, respectivamente.

Nesta quinta-feira à noite ainda vão estar presentes o coordenador do Programa de Captação de Recursos para Projetos Culturais (Captarte), Marcelo Seixas, e o presidente do Instituto Museu Memória e Vida (IMMV), Edson Pereira, para falar sobre leis e projetos culturais e formas de captação de recursos.

Os trabalhos de arte, a kombi com grafite e um painel em cerâmica construídos coletivamente, vão ficar expostos dentro do campus.