Quatro secretários municipais se reuniram nesta quinta-feira (18) com representantes de cooperativas de materiais recicláveis de Maringá, respondendo a um manifesto organizado por eles com a participação de representantes do Fórum Lixo e Cidadania. Eles entregaram uma carta de reivindicações para a Prefeitura solicitando melhores condições de trabalho, reformas nos barracões, caminhões e equipamentos para a coleta.Participaram da reunião o coordenador do Programa Pró-cidades, Leopoldo Fiewski, o secretário de Meio Ambiente, Humberto Crispim, o secretário de Serviços Públicos, Vagner Mússio, o procurador do Município, Luiz Carlos Manzatto, o presidente da Câmara de Vereadores, Ulisses Maia e representantes das cooperativas.Leopoldo Fiewski recebeu as solicitações e falou representando o prefeito Roberto Pupin. “A Prefeitura vai trabalhar de acordo com a legislação. É uma ordem do prefeito contratar as cooperativas que estiverem com a documentação em dia. A coleta de material reciclável será pública e vamos precisar das cooperativas que estiverem regulamentadas para trabalhar conosco”, anunciou.Duas cooperativas de materiais recicláveis mantém contratos atualmente com a Prefeitura de Maringá, já que a legislação federal prevê dispensa de licitação para este tipo de parceria.A Coopervidros, especializada na coleta seletiva, processamento, comercialização e destinação final de resíduos sólidos, especificamente vidros, assinou contrato em 2011. A Coopercanção se especializou na coleta de materiais eletrônicos e assinou contrato com a Prefeitura em 2012.Desde 2010 a Prefeitura tem feito reuniões com os representantes das cooperativas, prestando orientações técnicas para que eles possam se profissionalizar e atender a legislação. A iniciativa faz parte da Política Municipal de Resíduos Sólidos que pretende incluir outras entidades nessa parceria.
De acordo com o contrato de prestação de serviços, a Prefeitura disponibiliza para a execução dos trabalhos um caminhão para a coleta e recurso financeiro. “Com esse suporte, as cooperativas contratadas passam a trabalhar melhor em contato com os geradores, organizando a coleta especializada no município”, ressalta o secretário de Meio Ambiente e Saneamento, Leopoldo Fiewski.O presidente da Câmara de Vereadores, Ulisses Maia, disse que os vereadores visitaram as cooperativas este ano e fizeram uma audiência pública com o Fórum Lixo e Cidadania. “Colocamos a casa à disposição das cooperativas para ajudá-los no que for necessário, inclusive dando auxílio para que vocês consigam regularizar a documentação”, disse.
ReivindicaçõesA reunião teve início com a apresentação das reivindicações por parte dos manifestantes, das cooperativas Cooperpalmeiras, Coopernorte, Coopercentral e Coopermaringá. Eles pediram que a Prefeitura ceda barracões e que reforme os locais de trabalho deles. Ainda solicitaram transporte para os trabalhadores e equipamentos de trabalho, como uniforme, sinalização, prensa e balança.Fiewski explicou que há 10 anos as cooperativas estão organizadas em Maringá e que a melhor maneira encontrada até agora para resolver os problemas deles foi a contratação das cooperativas regulamentadas. “Conseguimos avançar com conversa e com a parceria, ajudando as cooperativas a conseguir a documentação necessária”, explicou.A proposta final da Prefeitura é fechar uma agenda de trabalho com cada uma das cooperativas para tentar sanar o problema individualmente. Dando sequência à Política Municipal de Resíduos Sólidos, é necessário primeiramente que as cooperativas apresentem a documentação atual e que sinalizem que tipo de material querem coletar, se querem fazer uma coleta especializada ou geral.