ENERGIA

Inauguração de hidrelétrica reforça contribuição do Estado para redução de tarifas

Inauguração de hidrelétrica reforça contribuição do Estado para redução de tarifas
Usina Hidrelétrica de Mauá

A Usina hidrelétrica de Mauá, construída pela Copel e Eletrosul no rio Tibagi, entre os municípios de Telêmaco Borba e Ortigueira foi inaugurada nesta quarta- feira (12). Com investimento de R$1,4 bilhão e energia suficiente para atender 1 milhão de consumidores.

O governador, Beto Richa, afirmou que o Paraná está dando a sua cota de contribuição para a redução da energia no País, ao renovar antecipadamente os contratos de transmissão, o governador disse também que o Estado terá prejuízos que chegam a R$ 450 milhões, com a queda na arrecadação de ICMS, enquanto a perda anual da Copel, que atua em oito estados brasileiros, além do Paraná, será de R$ 178 milhões.

A queda da receita pode reduzir investimentos previstos em áreas prioritárias, como saúde, educação e segurança pública.

Potência

A Usina de Mauá é a 6ª maior hidrelétrica em potência instalada em território paranaense, ficando atrás apenas das cinco usinas localizadas no rio Iguaçu. Com a nova hidrelétrica, a Copel agora conta com 25 usinas no seu parque de geração, que soma 5.500 megawatts de potência.

Em janeiro de 2013 será inaugurada a usina Cavernoso 2, em Virmond, com 19 MW. A Copel está construindo a Usina Colíder, no Mato Grosso, e quatro parques eólicos no Rio Grande do Norte.

A concessão da Usina pertence ao Consórcio Energético Cruzeiro do Sul, formado pela Copel (Companhia Paranaense de Energia), com 51%, e pela Eletrosul Centrais Elétricas, com 49%. “Uma parceria bem sucedida com a Eletrosul, baseada em confiança recíproca. Sem isso não há como firmar um acordo dessa envergadura”, destacou o governador.

Mauá

A barragem da Hidrelétrica Mauá tem 745 metros de comprimento na crista e 85 metros de altura máxima, e permitiu a formação do reservatório com 84 km² de superfície. Uma queda bruta de 120 metros foi aproveitada para levar a água do reservatório até a casa de força principal. Para isso, foi construído um circuito composto por tomada d’água de baixa pressão, túnel de adução com 1.922 metros de comprimento, câmara de carga, tomada d’água de alta pressão e três túneis forçados no trecho final.

A Usina tem duas de suas cinco unidades geradoras operando comercialmente – o que significa que a energia gerada já está sendo transmitida ao Sistema Interligado Nacional. As demais três unidades geradoras (a terceira na casa de força principal e duas menores na casa de força complementar) estão na fase de testes.

Meio Ambiente

Ao longo da construção, foram desenvolvidos 34 programas ambientais, que fazem parte do Projeto Básico Ambiental (PBA) do empreendimento. Estes programas tiveram como objetivo mitigar, compensar impactos e potencializar os benefícios decorrentes do empreendimento. No total, o investimento nos programas do PBA ultrapassa R$ 300 milhões.

Foi feito um trabalho cuidadoso com as famílias atingidas pelo empreendimento. Em 2007, foi feito um censo socioeconômico das 191 propriedades que foram total ou parcialmente alagadas para a formação do reservatório. Com base nessas informações, o Consórcio elaborou, juntamente com os atingidos, um Termo de Acordo que definiu a forma de indenização pelas terras desapropriadas, benfeitorias e atividades comprovadamente inviabilizadas pela construção da Usina.

O documento também previa a possibilidade de algumas das famílias serem beneficiadas pelo Programa de Reassentamento, desde que atendidos os requisitos - no total, 144 famílias foram reassentadas. Um Plano Básico Ambiental foi elaborado especialmente para as terras indígenas O documento, aprovado pela Funai, prevê a implantação de uma série de programas em oito terras indígenas.