ENERGIA

Paranaenses terão tarifas de energia reduzidas em 2013

A renovação da concessão de transmissão da Copel, feita no último dia 4, garante que a empresa irá baixar a tarifa de energia elétrica no próximo ano, afirmou o governador Beto Richa, nesta segunda- feira (10).

O governador ainda destacou que o Estado faz um grande sacrifício para contribuir com a queda do preço da energia no país, uma vez que as novas regras federais impõem perdas enormes ao Estado. Somente a queda na arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que incide sobre o consumo de eletricidade, chega a R$ 450 milhões.

O governador afirmou que o Paraná mantém subsídios para as tarifas de energia para atender a camada mais pobre da população. Ele destacou que o programa Luz Fraterna atende 200 mil famílias que consomem até 100 MW mês. “Mantivemos este programa e vamos ampliá-lo, incluindo consumidores de até 110 MW”, disse Richa na Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep).

O Presidente da Copel, Lindolfo Zimmer disse que ainda não há uma previsão do percentual de redução da tarifa de energia,são definições a serem feitas com o governo federal, que estabelecerá um índice para todo o País. Segundo ele, além do impacto negativo no ICMS, a estatal terá uma perda de R$ 178 milhões por ano na receita de transmissão.

O contrato renovado corresponde a 86% dos dois mil quilômetros de linhas de transmissão da Copel. A receita da empresa nesta área vai cair 58% por causa da antecipação do contrato segundo a MP 579. A receita baixará de R$ 305 milhões por ano para R$ 127 milhões por ano.

A MP estabeleceu novas regras para os contratos que venceriam até 2015, que serão renovados em 2013, mas com menor remuneração para as empresas. A transmissão é o setor da Copel que faz o transporte da energia elétrica, ainda em alta tensão, das usinas para as subestações que alimentam as cidades.

GERAÇÃO

Na área de geração, a Copel tinha um contrato com uma usina e três pequenas centrais, que juntas somam 272 megawatts. A MP 579 abrange 82 usinas no País, num total de 22.612 MW. Ou seja, o contrato da Copel responde por apenas 1,2% do total de potência sujeito à renovação.

“O fato de não renovarmos este contrato não causa qualquer impacto no projeto nacional de redução de tarifa, pois são quatro unidades pequenas num universo de 82 usinas no País”, afirma o presidente da Copel.

A Copel garante também que seu parque de geração de energia não será afetado, pois somente uma usina que será inaugurada nesta quarta, a Mauá, traz mais 361 MW ao sistema, que já conta com 21 usinas e 5 mil MW de potência. “E em janeiro vamos inaugurar Cavernoso 2, com 19 MW”, anuncia Zimmer.