URBANIZAÇÃO

Construtora inicia obras de revitalização da praça da Catedral

Construtora inicia obras de revitalização da praça da Catedral
Obra de revitalização da praça da Catedral começou.
A Construtora Tuiuti, vencedora da licitação, iniciou nesta quarta-feira (7) a obra de revitalização da Praça da Catedral Basílica Menor Nossa Senhora da Glória. Nos próximos dias, anunciou o secretário de Controle Urbano e Obras Públicas, Laércio Barbão, serão demolidos os espelhos de água e as quatro passarelas do entorno do templo.

Serão instalados tapumes para impedir o trânsito de pessoas em alguns trechos, mas os usuários devem redobrar a atenção ao circular pela área. “As rampas de acesso ao interior da Catedral não serão interditadas nesta primeira fase da obra, e as pessoas devem evitar as áreas que estão sendo trabalhadas”, aconselha o secretário.

Barbão alerta também os motoristas que utilizam as vagas de estacionamento no entorno da catedral para o impedimento de alguns trechos. “Os motoristas que utilizam as vagas existentes no entorno devem observar os trechos interditados, que estarão sempre sinalizados, e evitar estacionar nos locais de acesso onde o trânsito de veículos pesados e máquinas será intenso”, lembra.

Desde segunda-feira, funcionários da Secretaria de Serviços Públicos também trabalham na praça da Catedral, removendo as palmeiras que serão replantadas em outros locais públicos. Nenhuma palmeira ou árvore adulta, segundo Barbão, será sacrificada. “Todas que se encontram no trecho que será reformado serão retiradas e replantadas”.

A obra orçada em R$ 5 milhões de recursos próprios vai alterar nessa primeira etapa a área entre o estacionamento da praça e o templo. Para acabar com a infiltração prejudicial do grande volume de água das chuvas que escorre pelo monumento, a solução será canalizar a água para os três níveis dos novos espelhos d’água que começarão na base do templo e terão 26 metros de largura (profundidade de 20cm).

Serão 4.708 m2 de espelhos d’água, mais que o dobro da área de 2 mil metros quadrados que existiam no local. Outro cuidado importante: para evitar contaminação a água será filtrada, tratada, oxigenada e recirculada. O sistema controlado por computador contará ainda com iluminação submersa e quatro fontes luminosas.

Na parte voltada para a avenida Cerro Azul, haverá um anfiteatro ao ar livre com capacidade para 6 mil pessoas, com pontos para posicionamento de palco, tomadas de energia e caixas de som para atender a demanda de apresentações religiosas, abrindo espaço também para apresentações culturais e do interesse da sociedade. Para manter a integridade do monumento que todo ano era prejudicado por perfurações e material de enfeites natalinos – custo anual de R$ 300 mil a R$ 400 mil - a catedral terá sistema permanente de iluminação com software exclusivo. Composta por 202 projetores led instalados sobre as capelas e no topo, possibilitando milhares de combinações e formas de apresentação.

Na terceira e última fase da obra, serão feitos dois memoriais contemplativos, a Leste e Oeste da catedral, os estacionamentos e vias para o trânsito de pessoas.

Monumento

A Catedral Basílica de Maringá é a mais alta catedral da América Latina. Foi inspirada e idealizada na era dos "Sputniks" (a palavra "poustinikki" designa o peregrino que se afasta do mundo para ficar mais perto de Deus). Sua arquitetura é moderna e arrojada, foi idealizada por Dom Jaime Luiz Coelho e projetada pelo arquiteto José Augusto Bellucci. É o 10º monumento em altura no mundo e o segundo na América do Sul.

De forma cônica, possui um diâmetro de 50 metros e uma nave única, circular, com diâmetro interno de 38 metros. O cone possui uma altura externa de 114 metros, sustentando uma cruz de 10 metros, perfazendo um total de 124 metros de altura. Sua capacidade é de 3.500 pessoas, que podem ser distribuídas em duas galerias internas superpostas.

A porta principal está voltada para o norte; a Capela do Santíssimo para o sol nascente e a do Batistério para o poente. Ao sul a grande porta que leva a cripta, onde serão sepultados os Bispos, e que está sob o altar mor. No interior dos dois cones a 45 metros de altura, encontra-se o ossário, com 1.360 lóculos, que os fiéis adquirem para guardar os restos mortais de seus entes queridos.

Sua pedra fundamental, um pedaço de mármore retirado das escavações da Basílica de São Pedro pelo Papa Pio XII, foi lançada em 15 de agosto de 1958 em cerimônia promovida pelo Bispo Diocesano, Dom Jaime Luiz Coelho, e presidida pelo então Arcebispo de Curitiba, Dom Manuel da Silveira D'Elboux.

A catedral, dedicada a Nossa Senhora da Glória, foi construída no período de julho de 1959 a maio de 1972. Suas obras em concreto foram concluídas quase quatorze anos depois, em 10 de maio de 1972. A Catedral foi então consagrada no dia 3 de maio de 1981. Em 21 de janeiro de 1982 recebeu o título de Catedral Basílica Menor.