A Universidade Estadual de Maringá está desenvolvendo um trabalho pioneiro entre as universidades e faculdades públicas do Paraná, que é o Projeto Equoteraria. Com atendimento gratuito, a iniciativa teve início este ano, ainda como um trabalho piloto, com o objetivo de verificar demandas, limitações e possibilidade de parcerias e então transformá-lo em um projeto definitivo.Reconhecida mundialmente, a Equoterapia utiliza o cavalo como instrumento terapêutico e educacional, trazendo benefícios a jovens e adultos que apresentem comprometimentos cognitivos, motores, linguísticos, psíquicos e sociais. No Brasil, a técnica é reconhecida pelo Conselho Federal de Medicina.Segundo o coordenador do projeto, professor Carlos E. Furtado, ele é desenvolvido por uma equipe formada por alunos dos cursos de Zootecnia, Psicologia e Pedagogia, contando ainda com colaboração voluntária da fisioterapeuta Marisa C. Tupan, especialista em Equoterapia.“Além do uso fundamental do cavalo, a eficácia desse tratamento está na atuação de vários profissionais dentro de um trabalho transdisciplinar”, argumenta o professor, que está ligado ao Departamento de Zootecnia.
Segundo Furtado, os fundamentos da Equoterapia indicam que o cavalo proporciona um sentido educativo, pedagógico e recreativo, incentivando o praticante a desenvolver suas condições físicas e psicológicas pela multiplicidade de sensações que levam o sistema nervoso a estabelecer novos circuitos de respostas aos estímulos.O cavalo ao deslocar-se provoca reações verticais, laterais e longitudinais em um movimento tridimencional. Enquanto a pessoa está montando, o cérebro está em constante atividade para realizar os ajustes posturais, motores e respiratórios, possibilitando trabalhar o equilíbrio, a postura, a lateralidade, a coordenação motora fina e grossa, a flexibilidade, disciplina, entre outros ganhos.O projeto já encerrou suas atividades nesse ano, quando participaram quatro praticantes. Ele será retomado no ano que vem, na Fazenda Experimental da Universidade, localizada no distrito de Iguatemi. As práticas são realizadas às quartas-feiras, durante o período matutino. Furtado lembra que antes de iniciar a prática é necessário passar por uma avaliação médica, que indicará ou não a atividade. “Essa medida é importante porque existem contraindicações para o método”, salienta Furtado.O Projeto está vinculado ao Programa Multidisciplinar de Pesquisa e Apoio às Pessoas com Deficiência e Necessidades Educativas Especiais (Propae), com a colaboração do Departamento de Zootecnia. Na última semana, ele foi apresentado durante a 1ª Semana de Estudos em Equoterapia, evento realizado paralelamente com a 5ª Semana Paranaense do Cavalo.Informações adicionais podem ser obtidas no Propae pelo fone 44 3011-4448.