AÇÃO SOCIAL

Curiosidade pode atrapalhar o trabalho policial e de socorro

No dicionário a palavra curiosidade significa “exagerado desejo de tudo ver e saber”. Em muitos momentos da história da humanidade a curiosidade resultou em grandes conquistas. Porém, este desejo pode gerar aglomerações e dificultar o trabalho de policiais militares, civis e corpo de bombeiros no atendimento de acidentes.

Para o oficial de comunicação do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente Alexandro Gomes, esta atitude deve ser evitada. “Quando acontece alguma ocorrência policial muitas vezes até a chegada de uma viatura, as pessoas se aglomeram no local, o que pode atrapalhar o atendimento em caso de feridos e também na investigação dos fatos. O melhor a fazer é procurar não participar da aglomeração. Caso queira ficar observando, a pessoa deve procurar não atrapalhar, não se envolver, não inflamar outras pessoas e falar às autoridades somente se for transmitir informações testemunhadas no evento”, explica o oficial.

No local onde foi praticado um crime ficam os vestígios que resultam em provas para que se possa chegar ao verdadeiro autor. Essas provas são colhidas e analisadas pelos peritos do Instituto de Criminalística da Polícia Civil e posteriormente resultam em um relatório e também constam no inquérito policial. Segundo a chefe do Instituto de Criminalística de Maringá, Carmem Lúcia Ruiz Schlichting, qualquer alteração no local de um crime altera também o curso da investigação. “É importante que as pessoas entendam que onde ocorre um crime é onde se tem a chance de encontrar provas do seu autor e que por isso o local deve ser preservado, para que não se cometa injustiças e sejam incriminados os verdadeiros culpados”, afirma Carmem.

Dentre os eventos que atraem maior número de curiosos estão aqueles em que o atendimento é realizado pelo Corpo de Bombeiros. Incêndios, resgates e até mesmo acidentes despertam interesse das pessoas. O responsável pela comunicação do 5º Grupamento dos Bombeiros (GB) de Maringá, tenente Nivaldo do Rego, conta que as pessoas ao rodearem locais de atendimento colocam em risco as próprias vidas. “Muitas vezes em casos de resgate, operamos equipamentos que podem ser perigosos para terceiros. O bombeiro é equipado e treinado para estas situações, portanto, ficar ao redor em caso de operação pode ser perigoso”, salienta.

Ainda conforme o tenente, a presença de curiosos pode atrapalhar o atendimento à vítima, isto porque a todo instante os socorristas e oficiais deslocam-se ao redor do acidente para operar equipamentos e buscar medicamentos, no caso de atendimento pelo Siate. “Nosso atendimento deve ser rápido e ágil, qualquer segundo perdido pode resultar na morte de uma pessoa, portanto, quando aglomeração no entorno de um acidente pode nos atrapalhar e atrasar o trabalho, colocando em risco uma vida. Já houve caso em que estávamos em atendimento, rodeado de curiosos que não se afastavam para realizar nosso trabalho ao ponto de um parente da vítima agredir as pessoas, virando caso de polícia”, conta o tenente.

Vale ressaltar que ao presenciar qualquer tipo de acidente, seja de trânsito, em residência ou em situações de resgate, a primeira ação a fazer é entrar em contato com o Corpo de Bombeiros pelo telefone 192, 193 ou com a Polícia Militar no 190. Também é importante evitar rodear o local do acidente para que o trabalho possa ser realizado pelos profissionais qualificados.

Assessoria de Imprensa – Conseg