CULTURA

Projeto ‘Amazelê’ traz shows mensais de samba afro-brasileiro a Maringá

Apresentações serão realizadas na Casa Luanda. Confira programação.

Projeto ‘Amazelê’ traz shows mensais de samba afro-brasileiro a Maringá
A primeira apresentação acontece neste sábado, 6 de setembro, com o grupo Sambadeiras de Bimba. - Foto: Acervo pessoal/Divulgação

Com o objetivo de valorizar a cultura afro-brasileira e democratizar o acesso à arte, o projeto “Amazelê” tem início em Maringá com uma série de apresentações mensais de samba na Casa Luanda. A iniciativa reúne grupos do Paraná em uma celebração à ancestralidade, à diversidade e à resistência cultural por meio do samba.

Idealizado por Felipe de Moraes e Laís Fialho de Oyá, o projeto promove encontros mensais entre setembro e dezembro, com grupos convidados de diferentes cidades do Paraná.

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Participam do projeto os grupos Sambadeiras de Bimba - Filhas de Biloca (Araucária), Samba das Cabrochas (Londrina), Samba Mainha (Curitiba) e outro grupo ainda a ser definido, além do anfitrião maringaense Pé de Laranjeira, pioneiro na difusão do samba de terreiro e que esse ano completa uma década de atividade.

A primeira apresentação acontece neste sábado, 6 de setembro, com o grupo Sambadeiras de Bimba, um coletivo que utiliza o samba de roda como ponte para a vivência das tradições ancestrais das matrizes africanas.

O grupo busca promover o acolhimento, o olhar atento e a experiência da escuta, da dança, do cantar para ajudar mulheres na busca pelo fortalecimento de suas identidades e reconstrução de suas ancestralidades.

Filha do lendário Mestre Bimba (da capoeira e de tantas vivências afrobrasileiras), Mestra Biloca iniciou-se no candomblé, na capoeira e no samba de roda em sua família, e desempenhou ao longo de sua vida um reconhecido trabalho junto à toda a comunidade afro brasileira.

“O Amazelê não se restringe a um circuito mensal de rodas de samba, mas também se constitui como um ponto de conexão entre o samba de terreiro, a comunidade que festeja e reza em grupo, e o tempo da cosmopercepção — que reúne múltiplos sentidos, sonoridades e conhecimentos em um movimento contínuo de deslocamento e reinscrição territorial”, comenta Laís Fialho, uma das idealizadoras do projeto.

Confira a programação do Amazelê:

  • 06/09 - Sambadeiras de Bimba - Filhas de Biloca (Araucária)
  • 25/10 – Samba Mainha (Curitiba)
  • 15/11 – Samba das Cabrochas (Londrina)
  • 13/12 – Grupo convidado (a confirmar)

Todas as apresentações serão na Casa Luanda (Av. Gastão Vidigal, 55), a partir das 16h.

A acessibilidade é um dos pilares centrais do projeto. Todas as apresentações contarão com intérpretes de Libras, monitores capacitados, infraestrutura adaptada para pessoas com deficiência e comunicação inclusiva, com conteúdos acessíveis por meio de legendas e descrições.

O projeto terá como contrapartida o Samba de Roda da Casa Luanda, uma apresentação gratuita em local a ser definido, fortalecendo o compromisso com o acesso cultural.

O Amazelê é viabilizado pelo Edital de Fomento Multiartes – Categoria Difusão, Circulação e Distribuição e busca se consolidar como um evento cultural de referência em Maringá, incentivando a formação de plateias e o fortalecimento da cena do samba no Paraná.

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