Ontem, o prefeito Silvio Barros recebeu a visita do presidente da Ideal, empresa filiada a alemã "Biopuster", Wilfried Buss, que propôs a utilização de uma tecnologia internacional de transformação dos resíduos sólidos urbanos domiciliares em Maringá e região. A tecnologia da "Biopuster" promete efetivar a extração de 95% do lixo em três anos, utilizando o que chamam de 'decomposição bioquímica pela controlada introdução de oxigênio no solo', com um investimento de R$700 mil.Segundo Wilfried Buss, a tecnologia promete aproveitamento de 500 toneladas de lixo diário e dissolução do lixo.Além disso, pode oferecer até 1000 novos empregos diretos e indiretos, sendo um complexo importante para o tratamento ambiental e empresarial com efeito sócio-econômico.Para Silvio Barros, pode ser uma solução viável, já que se trata de um tratamento eficiente e econômico."Se chegarmos a conclusão que o projeto é válido, em três anos estaremos na condição de não depositar lixo em nenhum lugar com um investimento relativamente baixo", avalia.Consórcio Intermunicipal: Segundo o secretário do Meio Ambiente e Agricultura, José Croce Filho, a tecnologia da "Biopuster" é mais uma que o Consórcio Intermunicipal do Lixo vem estudando para a destinação de resíduos sólidos urbanos. "O consórcio está trabalhando com todas as alternativas propostas até o momento, contando com o apoio da equipe técnica para estudos de visibilidade ambiental econômica", garante.Croce afirma que após a visita do prefeito aos Estados Unidos para conhecer a usina de plasma, o Consórcio irá informar um cronograma de ações baseado nas tecnologias que atendam às necessidades dos municípios envolvidos. "Dentre as tecnologias temos o aterro sanitário, o biopuster, a usina de reciclagem e a usina de redução de massa.Tenho certeza que escolheremos a melhor", conclui."Biopuster": O representante da empresa no Brasil, Ernesto Rohrig, já havia estado na cidade em abril explicando o funcionamento da tecnologia proposta pela "Biopuster".
Rohrig afirmou que uma das grandes vantagens da utilização dessa tecnologia é o custo-benefício.Outra vantagem é o fato da transformação química não produzir mau cheiro, gás tóxico ou fogo.Além disso, a introdução de oxigênio no solo vem sendo utilizada por países europeus que comprovam a descontaminação total dos aterros sanitários em pouco tempo.O solo, antes contaminado, é transformado em húmus.Segundo Rohrig, o maior problema dos aterros sanitários comuns se concentra no resíduo líquido do lixo, que penetra no solo e pode contaminar o lençol freático.Ele ainda explica que a tecnologia apresentada começa pela extinção do aterro sanitário.Em seguida, é construída uma superfície impermeável onde antes era localizado o lixão.E construído um barracão que servirá para armazenar o lixo, que passará pelo processo de decomposição."A decomposição por introdução de oxigênio ocorre com temperatura de até 95ºC, o que produz a quebra das moléculas do lixo. Acaba sobrando apenas dióxido de carbono e água, que não são prejudiciais ao meio ambiente. A decomposição significa que não pode ocorrer contaminação", afirma.