ECONOMIA

Magazine Luiza pode fechar algumas lojas do Baú de Maringá

O Magazine Luiza consolida a posição de segundo maior grupo varejista de eletrônicos e eletrodomésticos do país com a compra das lojas do Baú da Felicidade, do Grupo Silvio Santos.

O movimento de consolidação entre redes varejistas no Brasil ganhou força após o Grupo Pão de Açúcar alcançar a liderança absoluta do setor com as compras do Ponto Frio e Casas Bahia, anunciadas em 2009.

Depois de perder a disputa de Ponto Frio e Insinuante para Pão de Açúcar e Ricardo Eletro, respectivamente, o Magazine Luiza desembarcou no Nordeste, onde ainda não tinha operações, ao adquirir a Lojas Maia em julho do ano passado.

Com a compra --por R$ 83 milhões--, a rede comandada por Luiza Helena Trajano passará a ter mais 121 lojas, passando à marca de 732 estabelecimentos, com base em números de 2010.

A Máquina de Vendas, resultante da união de Ricardo Eletro e Insinuante -- e que incorporou a City Lar em junho de 2010-- tem mais lojas que o Magazine Luiza, com 750 unidades. Porém, somando as vendas do Baú de R$ 415 milhões, o Magazine Luiza teria faturamento bruto de R$ 6,1 bilhões de reais no último ano, contra 5,7 R$ bilhões da Máquina de Vendas.

Além disso, o Magazine Luiza adiciona 3 milhões de clientes.

Em um dia de baixas na Bovespa, que recuava 0,74% por volta das 14h30 desta segunda-feira, as ações do Magazine Luiza apresentam alta de 2,55%, cotadas a R$ 17,55. Ao longo do pregão o papel chegou a subir 3,26%.

Zanone Fraissat - FolhaPress

Movimento em loja da rede de varejo Magazine Luiza

Movimento em loja da rede de varejo Magazine Luiza

ESTRATÉGIA

O Magazine Luiza --que prevê atingir faturamento anual de R$ 15 bilhões até 2015-- espera integrar as lojas do Baú nos próximos seis meses.

O grupo não deu detalhes sobre utilização da marca Baú da Felicidade e previsão de faturamento, mas afirmou que o valor da operação considera "que as lojas não terão nenhuma dívida ou caixa a serem pagos integralmente na data de fechamento da transação", prevista para 31 de julho.

Algumas unidades do Baú podem ser fechadas, vendidas, transferidas ou integradas para evitar sobreposição em determinadas cidades. Parte das unidades adquiridas, principalmente no Paraná, também deve ser convertida em lojas virtuais.

"As lojas do Baú estão localizadas em pontos comerciais estratégicos, com foco na classe C, mesmo público-alvo das lojas do Magazine Luiza", afirmou a varejista.

PANAMERICANO

Em novembro do ano passado, a descoberta de inconsistências no balanço do banco PanAmericano, também parte do Grupo Silvio Santos na época, levaram o empresário e apresentador a fazer um aporte bilionário na instituição, que acabou sendo vendida ao BTG Pactual no final de janeiro.

Na ocasião, o Baú despertou interesse do bilionário mexicano Ricardo Salinas, dono da rede de eletrodomésticos Elektra e do Banco Azteca, e da MM Mercadomóveis, varejista da região Sul do país, mas nenhuma oferta chegou a ser apresentada.
Folha.Com