ECONOMIA

Grupo Morena Rosa espera faturar R$ 300 milhões em 2011

No início dos anos 90, o emprego de Marco Antonio Franzato estava em perigo.

Grupo Morena Rosa espera faturar R$ 300 milhões em 2011
Primeiro emprego de Frazano foi de bóia-fria

A confecção onde ele trabalhava estava prestes a entrar em concordata. Diante do desemprego iminente, decidiu abrir o próprio negócio. Ao lado de dois cunhados - cada um com investimento de US$ 9 mil -, criou a Morena Rosa, grife hoje presente em 2,4 mil lojas multimarca e que deve faturar R$ 300 milhões em 2011.

A Morena Rosa surgiu com quatro funcionários na pequena Cianorte. Agora, com 2,1 mil empregados e produção de 230 mil peças ao mês, prepara-se para aplicar a experiência acumulada no interior na conquista do consumidor dos grandes centros do País. Para ter sucesso na empreitada, pretende trocar a condição de fabricante de roupas pelo status de grife.

Na tentativa de mudar de patamar, a Morena Rosa aposta na abertura de lojas próprias para dar visibilidade à marca. Neste ano, serão duas: uma em Maringá (PR), polo regional que fica a 80 quilômetros de Cianorte, e outra em São Paulo, que vão se somar à unidade que existe em Balneário Camboriú (SC). A capital paulista ganhará ainda um showroom em 2011, em um imóvel de 700 metros quadrados na Avenida Brasil, na região nobre dos Jardins.

Franzato explica que a abertura de lojas coincidiu com a expansão do portfólio - além de produzir confecções, a companhia terceiriza linhas de calçados e acessórios. O empresário, aliás, tem planos ambiciosos para os sapatos Morena Rosa, lançados em 2010 e produzidos em uma fábrica gaúcha. "É uma empresa que estava quase desativada. E que eu penso em comprar", diz.

Como parte da estratégia, a marca contratou a top model Naomi Campbell para a campanha de divulgação da coleção outono/inverno 2010.

O fundador do Grupo Morena Rosa traçou o planejamento estratégico da companhia até 2020. Além da marca-mãe, que faz uma moda feminina "ousada", nas palavras de Franzato, a empresa mantém a Maria Valentina (de roupas mais clássicas), a Zinco (moda jovem) e a infantil Joy. "A ideia é verticalizar a produção e separar todas as marcas. Estamos nos organizando para, a partir do interior, conquistar as capitais", afirma.

Marco Antonio Franzato, que completa 52 anos em fevereiro, é filho de lavradores e começou a trabalhar aos sete anos, como boia-fria, ao lado dos pais. Antes de abrir a grife Morena Rosa, em 1993, trabalhou como cobrador em um escritório e, após concluir o curso técnico de contabilidade e graduar-se em administração de empresas, exerceu cargos administrativos em empresas.

Estadão