ECONOMIA

13º salário vai injetar R$ 5,444 bilhões na economia do Paraná

O 13º salário deverá injetar na economia paranaense, até o final de 2010, cerca de R$ 5,444 bilhões, o que corresponde a 5,35% do total do Brasil e 34,80% da região Sul. O montante representa em torno de 2,54% do PIB – Produto Interno Bruto, estadual.

O contingente de pessoas no Paraná que receberão o décimo terceiro foi estimado em 4,464 milhões, o correspondente a 6% do total que terá acesso ao beneficio no Brasil. Em relação à região Sul, o percentual é de 35,3%.

Os empregados do mercado formal, celetistas ou estatutários, representam 62,1%, enquanto pensionistas e aposentados do INSS equivalem a 35,5%. O emprego doméstico com carteira assinada participa com 2,4%.

Em relação aos valores que cada segmento receberá, os empregados formalizados ficam com 73,8% (R$ 4,016 bilhões) e os beneficiários do INSS, com 20,7% (R$ 1,126 bilhões), enquanto aos aposentados e pensionistas do estado do Regime Próprio caberão 4,2% (R$ 226,9 milhões) e para os empregados domésticos serão destinados 1,4% ou R$ 75 milhões.

O Paraná registra ainda o quinto maior valor (R$ 5,444 bilhões) entre as 27 unidades da Federação, atrás apenas dos estados de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais e do Rio Grande do Sul.

BRASIL – O 13º salário vai colocar em circulação na economia brasileira cerca de R$ 102 bilhões. Este montante representa aproximadamente 2,9% do PIB do país e engloba os trabalhadores do mercado formal, inclusive os empregados domésticos e beneficiários da Previdência Social, aposentados e beneficiários de pensão da União e dos estados. Cerca de 74 milhões de brasileiros serão beneficiados, segundo estimativa do Dieese – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos.

A estimativa leva em conta dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), ambos do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Também foram consideradas informações da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), referente a 2009, e informações do Ministério da Previdência e Assistência Social e da Secretaria Nacional do Tesouro (STN).

Dos cerca de 74 milhões de brasileiros que devem ser beneficiados pelo pagamento do 13º salário, aproximadamente 28,6 milhões, ou 38,6% do total, são aposentados ou pensionistas da Previdência Social. Os empregados formais (45,4 milhões de pessoas) correspondem a 61,4% do total. Entre estes, os empregados domésticos com carteira de trabalho assinada totalizam quase 2,3 milhões, equivalendo a 3,1% desse conjunto de beneficiários do abono natalino.

Cerca de 1 milhão de pessoas (ou 1,3% do total) referem-se aos aposentados e beneficiários de pensão da União (Regime Próprio). Há ainda um conjunto de pessoas constituído por aposentados e pensionistas dos estados (regime próprio) que vai receber o 13º e que não puderam ser quantificados.

Do montante a ser pago a título de 13º, cerca de 20% dos R$ 102 bilhões, pouco mais de R$ 20 bilhões serão pagos aos beneficiários do INSS. Outros R$ 71 bilhões, ou 70% do total, irão para os empregados formalizados; incluindo os empregados domésticos.

Aos aposentados e pensionistas da União, caberá o equivalente a R$ 5,5 bilhões (5,4%) e aos aposentados e pensionistas dos Estados, R$ 4,7 bilhões (4,7%). O número de pessoas que receberão o 13º salário em 2010 é cerca de 5,85% superior ao observado em 2009. Estima-se que 4,9 milhões de pessoas passarão a receber o benefício, por terem requerido aposentadoria ou pensão ou se incorporado ao mercado de trabalho ou ainda formalizado o vínculo empregatício.

A retomada das contratações em ritmo mais vigoroso, em 2010, foi sem dúvida um elemento importante para que o conjunto de beneficiários do abono neste fim de ano tivesse um crescimento maior que o observado em 2009

Para efeito de comparação com 2009, quando o Dieese estimou que cerca de R$ 85 bilhões entrariam na economia em consequência do pagamento do 13º, o valor apurado neste ano indica um crescimento da ordem de 20%.

POR REGIÃO - Refletindo a maior capacidade econômica da região, a parcela mais expressiva – 51,4% ? deve ficar nos estados do Sudeste, região que concentra também a maior parte dos trabalhadores, aposentados e pensionistas.

Outros 15,4% do montante a ser pago devem ficar na região Sul, enquanto ao Nordeste serão destinados 14,9%. Para as regiões Centro-Oeste e Norte, irão, respectivamente, 8,5% e 4,3%.

Observa-se que os beneficiários do regime próprio da União respondem por 5,4% do montante e podem viver em qualquer região. O maior valor médio para o 13º (considerando todas as categorias de beneficiados) deve ser pago em Brasília - R$ 2.850 – e o menor, no Maranhão - R$ 830.

MERCADO FORMAL - Do ponto de vista dos grandes setores de atividade econômica, a estimativa baseia-se nos cerca de R$ 69,5 bilhões que serão pagos, até o final do ano, aos 43,2 milhões de trabalhadores formais desses setores no Brasil, a título de 13º salário.

O montante a ser distribuído apresenta a seguinte proporção: aos trabalhadores do setor de serviços (incluindo administração pública) caberão 62%; os empregados da indústria ficarão com 22%; os comerciários terão 13%; aqueles que trabalham na construção civil receberão o correspondente a 4,6% e 2% serão destinados aos trabalhadores da agropecuária brasileira.

Em termos médios, o valor do 13º salário pago ao setor formal corresponde a R$ 1.609. A maior média deve ser paga para os trabalhadores do setor de serviços, correspondente a R$ 1.888; o setor industrial aparece com o segundo valor, equivalente a R$ 1.803 e o menor 13º salário (R$ 900) foi verificado entre os trabalhadores do setor primário da economia.
AEN