POLICIAL

Fábrica de jukeboxes é fechada em Maringá

Policiais civis do Núcleo de Repressão a Crimes Econômicos (Nurce), de Maringá, fecharam na tarde de sexta-feira (3) - em uma operação conjunta com a Associação Antipirataria, Cinema e Música (APCM), de São Paulo - uma fábrica clandestina de jukeboxes (máquinas que tocam músicas) encontradas em bares, lanchonetes e casas noturnas.

Segundo a polícia, a operação se concentrou em um imóvel na avenida Paicandu, na Vila Operária, onde se concentrava a linha de produção, venda e locação dos equipamentos.

No local foram apreendidas 42 máquinas, documentos e um computador contendo um arquivo com cerca de 300 mil músicas. O sistema operacional do computador também não era legalizado e o computador foi apreendido.

A polícia chegou à fábrica por meio da denúncia feita pela APCM há um mês. O delegado Fernando Martins, do Nurce, foi quem começou as investigações. “Pelo que apuramos, a fábrica funcionava havia cerca de três anos e revendia não só para Maringá, mas para toda região”, informou.

O dono da fábrica, Wagner Luiz Grandizoli, 48, confirmou que a empresa não está filiada à Associação Brasileira de Licenciamento Fonográfico (ABLF), entidade criada por produtores fonográficos para administrar, receber e distribuir os direitos autorais aos associados.

Gradizoli disse que fez o pedido de filiação há cerca de 60 dias e pensava que não haveria problema em dar continuidade ao trabalho, iniciado, segundo ele, há cerca de um ano.

O empresário assegurou que todos os componentes das máquinas foram adquiridos legalmente. “Ele chegou a apresentar algumas notas fiscais que comprovariam a transação com empresas nacionais, bem como o recolhimento de impostos, mas tudo isso será analisado pelos investigadores”, explicou o delegado Martins.

Grandizoli será indiciado por violação de direito autoral. As máquinas vendidas ou locadas que forem encontradas serão apreendidas e os comerciantes também podem ser indiciados pelo mesmo crime.
AEN