CULTURA

Família Kimura abre sítio para visitação pública

A família Kimura abiu nesta segunda-feira (21), a visitação do projeto “Arqueologia e História no Sítio Kimura: uma exposição da cultura material do acervo da ocupação humana da região de Maringá”, no distrito de Floriano. O Memorial Kimura obteve o segundo lugar na categoria iniciantes da Lei de Incentivo a Cultura deste ano, e vai receber a visita de alunos da Escola Municipal Lazara Ribeiro Vilella, até sexta-feira.

A intenção, adianta Rosangela Kimura, uma das autoras do projeto, é abrir o sítio para visitação pública. Antes dos alunos entrarem da casa onde está o acervo e a história da família, a secretária de Cultura, Flor Duarte, disse que o projeto mostra a diversidade das propostas da Lei de Incentivo à Cultura. Ela ressaltou que o Sítio Kimura resgata uma parte da história da região, e se transforma em um local importante para os estudantes. “Aqui todos podem conhecer os valores do passado, e aprender a importância de se preservar a história através inclusive de objetos pessoais”, lembrou.

O diretor da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Shudo Yasunaga, disse que o Sítio Kimura lembra um pouco da história de sua família. “Sempre pensamos e preservar essa história, e Maringá junto com a família Kimura sai na frente desse desejo que deve ser de muitas famílias de colonizadores”, disse.

Mário Kimura, um dos filhos dos pioneiros, disse que cada objeto do Memorial faz parte de uma passagem importante da vida da família. “Nosso pai veio do Japão, se fixou no interior de São Paulo e depois aqui na região de Maringá, como muitas outras famílias”, lembra ele. “É emocionante poder mostrar tudo isso à comunidade”, disse.

O Memorial Kimura disponibiliza para visitação o acervo reunido ao longo de várias décadas pela família Kimura. A exposição conta com material arqueológico de ocupações pré-históricas da região e com edificações, utensílios agrícolas e domésticos do período do café, representativos da colonização moderna, empreendida pela Companhia de Terras Norte do Paraná.

Através de material iconográfico, é retratada a presença da colonização japonesa no Brasil, bem como a trajetória dos Kimuras, desde a saída da Província de Nagasaki, sul do Japão, a passagem pelo interior de São Paulo, até a chegada nas lavouras de café do Norte do Paraná. O projeto visa também estimular os alunos e a comunidade a entender a importância da memória coletiva, e da preservação do patrimônio histórico da região. O projeto pretende, com o apoio da Secretaria de Cultura de Maringá, constituir-se numa experiência piloto de educação patrimonial com ênfase na cultura rural local.
PMM