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Prefeitura publica edital para gestão do Parque do Ingá

As Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscips) têm até o próximo dia 18 de julho para apresentarem propostas de gestão do Parque do Ingá, principal reserva de mata nativa de Maringá. A venda do edital da licitação vai até o dia 11 de julho, e a abertura dos envelopes será no próprio dia 18 de julho, às 9 horas.

A proposta, de acordo com o secretário do Meio Ambiente e Agricultura do município, Diniz Afonso, está dentro do posicionamento dos principais parques florestais do país, que repassaram a gestão a Ocips. “O Parque Nacional do Iguaçu adotou este modelo e é exemplo de gestão de unidade de conservação”, compara.

O Parque do Ingá será fechado para visitação pública a partir do dia 23 de junho, recebendo as melhorias previstas. “Todas as intervenções e as atribuições dos responsáveis pela gestão seguem o Plano de Manejo”, adianta Diniz Afonso.

Uma das prioridades é melhorar a acessibilidade da reserva. Hoje os caminhos são calçadas com pedras irregulares, que dificultam a circulação de cadeirantes e pessoas de idade avançada. Os caminhos vão receber um novo piso e novas placas de sinalização.

Os sanitários serão reformados e com a retirada dos animais do minizoológico a área onde estão as jaulas será transformada em um espaço de recreação. Toda infra-estrutura a ser implantada na unidade segue um padrão permitido pelo Plano de Manejo. São quiosques, lanchonete e equipamentos que estão sendo criados por arquitetos voluntários.

O edital prevê também a proibição da venda de bebidas alcoólicas e tabaco no interior do parque, além de proibir a visitação à área considerada Zona Primitiva, onde será permitida apenas atividade de pesquisa e trabalho de manutenção. A Zona Primitiva fica na área entre a linha da rua Felipe Camarão até a Avenida Juscelino Kubitschek, e as margens do Córrego Moscados até a Avenida Anchieta.

Atividades ambientais

A área, de 47,43 hectares, foi dividida em seis zonas especiais, cada uma com uma característica diferente que vai determinar o acesso e o tipo de atividade permitida. A Zona de Recuperação, por exemplo, é uma área que exige a interferência para melhorar as condições ambientais. Depois de recuperada, a área é incorporada em outras categorias e aberta a visitação ou atividades ambientais.

O secretário deixa claro que depois de reaberta a reserva, a visitação continua franqueada. O edital permite à Oscip que assumir a gestão cobrar apenas pelos serviços e produtos comercializados. No caminho em torno do lago será permitido o uso de triciclos especiais, locados pela administração do parque.

A Oscip vai explorar também a lanchonete, quiosques e algumas atividades como o arvorismo. Outra fonte de renda será a venda de produtos com a marca do Parque do Ingá e lembranças de Maringá. “Hoje não existe nenhum produto relacionado ao parque à venda na cidade”, informa Diniz Afonso. Ele adianta ainda que o projeto de Educação Ambiental desenvolvido pela SEMAA vai ser mantido dentro da unidade.

Toda área de uso público será monitorada, para medir o impacto da presença de pessoas. A Oscip ficará responsável também por um trabalho de conscientização da comunidade, visando o menor impacto ambiental diante da visita de grupos. Toda divulgação será de responsabilidade dos gestores, bem como organizar eventos no interior do parque, respeitando as exigências do Plano de Manejo.

Diniz Afonso deixa claro a proposta de atrair de volta ao Parque do Ingá as famílias e os turistas que visitam ou passam por Maringá. “Qualquer pessoa vai encontrar um atrativo dentro da unidade, seja um passeio de triciclo, uma caminhada pela trilha, a contemplação da natureza ou um projeto de educação ambiental”.
PMM