INTERNET

Golpes via internet usam Receita e Serasa

Uma das modalidades de fraude mais comuns na internet se utiliza das marcas e logotipos da Receita Federal e da Centralização de Serviços Bancários (Serasa) para obter informações pessoais de usuários da rede. O temor da direção dos dois organismos é de que tais informações sejam usadas para desviar dinheiro de contas ou mesmo para abrir firmas, sem o conhecimento dos titulares. Receita e Serasa, no entanto, avisam: não solicitam informações de contribuintes ou cadastrados por e-mail e a recomendação é de que estas mensagens sejam imediatamente apagadas do computador.

No caso da fraude que utiliza a marca da Receita Federal, o usuário de internet recebe uma mensagem que alerta sobre supostas irregularidades no Cadastro de Pessoa Física (CPF). A mensagem solicita a digitação de informações como o número do CPF e declarações de Imposto de Renda. Segundo o delegado da Receita Federal de Londrina, Sérgio Gomes Nunes, além de expor o patrimônio dos contribuintes, estes dados podem servir para que os fraudadores abram firmas fantasmas.

No caso da Serasa, o golpe é aplicado de forma semelhante. E-mails com mensagens sobre supostas pendências comerciais são enviados aos internautas, que são convidados a clicar em um endereço eletrônico para obter mais informações sobre o problema. O site indicado, porém, contém um vírus que coleta dados pessoais do usuário, como senhas bancárias e números de cartão de crédito.

A assessoria de imprensa da Serasa admitiu que o nome do serviço está sendo utilizado para este tipo de fraude deste junho, mas se negou a dar maiores informações. A orientação teria sido dada pelos próprios técnicos em segurança eletrônica contratados para combater a fraude.

De acordo com o delegado da Receita Federal, o órgão não envia e-mails para os contribuintes e, portanto, qualquer mensagem que se utilize da marca da Receita pode ser considerada fraudulenta. ''A única exceção é a mensagem que o próprio usuário solicita, pedindo para que seja avisado sobre a liberação da restituição de IR'', citou. ''O restante é fraude'', completou.

Para evitar o envio de informações para estelionatários, Nunes recomenda que informações sobre a Receita sejam obtidas somente no site oficial do organismo (www.receita.fazenda.gov.br). No caso do golpe que usa o nome da Serasa, a orientação é de que a mensagem seja imediatamente apagada e que um anti-virus seja utilizado no computador.

Folha de Londrina