Os latidos do Cachorro Grande pela terceira vez em Maringá
Em 1999, há quase nove anos uma banda de Porto Alegre denominada Cachorro Grande invadiu as rádios de todo o estado tocando praticamente todas suas faixas.
Uma proposta bastante arriscada para quem estava começando no mercado musical. Banda de rock independente que lançou seu primeiro disco com seu nome “Cachorro Grande” em 2001 com 13 faixas, considerado um disco com músicas divertidas, dançantes e com certa psicodelia a banda começou por uma gravadora pequena que não tinha distribuição nacional. Usando terno e gravatas, influenciado pelos anos 60, os integrantes da banda: Beto Bruno-vocal, Rodolfo Krieger, - baixo e vocal, Marcelo Gross- guitarras, Pedro Pelotas - piano e vocal e Gabriel Azambuja –bateria saíram do anonimato.
Seu segundo CD, “As Próximas Horas Serão Muito Boas”, lançado em 2004, com 14 faixas o CG já não estavam tão bem arrumados, ternos mais descomportados, boinas e cabelos desarrumados era a nova cara da banda, com o rock sem firulas, explosivo e ainda dançante é o segundo disco da banda que começa a ter uma identidade em relação à sua música.
O CG não pára por aí, com uma carreira sólida eles produzem seu terceiro CD, com 12 faixas, “Pista Livre” é um álbum que volta a colocar o rock gaúcho na mídia. Turnês, shows, aparições em televisão, trazem o som do rock com influência em Os Mutantes, The Who, Rolling Stones, Beathes entre outros.
A banda irá tocar amanhã no Velvet Bar pela terceira vez na cidade. Em entrevista exclusiva ao Maringá.Com o CG falou o que espera do show neste sábado (28). “Ah Maringá......... Estamos loucos pra chegar aí de novo a gente adorar tocar ai a galera é super roqueira”.
Confira a entrevista na integra!
MC- Quanto tempo de carreira?
CG- A Banda já está com 9 anos.
MC- Quais as inspirações?
CG- Nós somos muito influenciados pelas bandas dos anos 60 como os Beatles, Rolling Stones e o The who, mas também somos ligados as coisas de outras décadas indo até as bandas de hoje como o Oasis e o Supergrass .
MC- Como decidiram montar a banda?
CG- Todos nós freqüentávamos os mesmos bares em Porto alegre e escutávamos os mesmos discos e todo mundo já tocava com outras bandas, dai para nos juntarmos foi rapidinho.
MC- Quando e como estouraram na mídia? Acha que a televisão teve a ver com a divulgação de vocês? Porquê?
CG- Na verdade uma coisa que sempre aconteceu na cachorro é aquela coisa de passo a passo, a gente sempre foi plantando uma sementinha ali e colhendo lá. Nunca rolou um upgrade de uma hora pra outra, mas é claro que a TV ajudou assim como os outros meios de comunicação .
MC- Como a internet influenciou na carreira de vocês?
CG- Influencia até agora. Nós já fizemos um hotsite www.todosostempos.cem.br que fala sobre o nosso disco e temos o site oficial que é www.cachorrogrande.com.br e a internet, na minha opinião, é um ótimo meio de comunicação e aproximação.
MC- O que vocês acham de sair do anonimato, até porque antes vocês eram uma banda "independente", como isso aconteceu e como ficou a vida de vocês depois de sair do rock de "garagem" e se tornarem conhecidos?
CG- È bem como eu tinha dito antes aquela coisa de sempre subir um degrau de cada vez, mas a gente fica super feliz de saber que a galera tá curtindo o nosso som, saber que tem uma galera sacando o rock and roll.
MC- O que vocês acham que divulga mais atualmente a televisão com clipes e shows ou a internet?
CG- Eu acho que é uma mescla de tudo isso, não existe uma regra, mas o conjunto é que faz a obra .
MC- Como foi para vocês fazerem o projeto Coca-cola e tocar com o Nando Reis ?
CG- Isso foi uma coisa inacreditável, ter feito com o Nando esse projeto. A gente sempre foi muito fã dele e ter tido essa oportunidade de trocar as figurinhas foi “ducaralho” ele é uma pessoa muito gente fina e rolou tudo muito na boa .
MC- O que vocês esperam do show em Maringá?
CG- Ah Maringá......... Estamos loucos pra chegar ai de novo, a gente adora tocar ai. A galera é super roqueira.
MC- Tem algum projeto de CD para lançar? Quando?
CG- Nós acabamos de lançar o nosso disco que se chama “Todos os tempos” que já está nas lojas, daí vamos fazer essa tour pra depois pensarmos em entrar em estúdio novamente
MC- Como lidam com a fama?
CG- Na verdade, a gente não tem problemas com isso. A gente tá sempre trocando uma idéia com os fãs por ai, até porque a gente nem se acha tão famoso assim.
MC- O que vocês acharam de tocar em um show com mais de 20 mil pessoas em São Paulo, no"Claro que é Rock"? Qual a experiência?
CG- Esse show foi foda, ter tocado com o Iggy Pop na mesma noite foi incrível e tem aquela parada de saber que tem 20mil pessoas sacando rock and roll. Fico feliz pra “caralho”.
MC- Qual foi o maior público para que vocês já tocaram? Onde?
CG- Foi numa edição do porão do rock em Brasília, tinha 70 mil pessoas e teve o Planeta Atlântida também que tinha 55 mil pessoas que foi “foda”.
MC -Qual o conselho que vocês dariam para as bandas que estão começando?
CG- Cara, escutem muito rock and roll e acreditem no que estão fazendo.
MC- O que é Rock para vocês?
CG- Difícil essa heim. Ah sei lá! O rock é a causa e a solução dos nosso problemas.
MC- Tem alguma "mania" antes de entrarem para tocar?
CG- Ah cada um tem a sua, o Gabriel costuma alongar pelo fato de ser baterista, o resto vai mais é na cervejinha.
MC- È possível levar uma vida "normal" depois de estarem na mídia?
CG- Claro, é super tranqüilo, basta o cara ser de boa e não subir a cabeça que as coisas rolam muito na boa, todos nos adoramos trocar uma idéia com os fãs.
MC- Acha que o sucesso é alguma coisa ilusória?
CG- Têm os dois lados da coisa, é estranho falar sobre isso, já vi cada coisa, mas enfim, eu acho que com os pés no chão pode se voar bem mais alto.
MC- A música dá dinheiro?
CG- Só se for pra Madonna e pro Michael Jackson, mas da pra se sustentar.
MC- O que vocês estão ouvindo atualmente?
CG- A gente tem escutado muito Primal Scream, Ian Brown, aquela coisa de Manchester.
MC- Como vocês vêem o cenário musical de Porto Alegre?
CG- Ah tem muita coisa rolando por lá, agora que a gente tá morando em São Paulo fica mais difícil de acompanhar, mas sempre que a gente vai pro sul a gente vai curtir uns shows das bandas de lá como Os Efervescentes e Identidade.
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