Paratletas da UEM são destaque nos Jogos Brasileiros Universitários
Dos 27 atletas da instituição, 15 ocupam lugares em rankings nacionais e internacionais.

A parceria entre Universidade Estadual de Maringá (UEM), por meio do Coordenadoria de Desportos e Recreação (CDR), e o Instituto Terezinha Guilhermina, ligado à Secretaria Municipal de Esportes e Lazer, tem colecionado bons resultados por onde passa. Dos 27 atletas que participam dos treinos, 15 ocupam posições de destaque nos rankings do Brasil e do mundo no atletismo.
A equipe local ficou em primeiro lugar na seletiva feminina dos Jogos Brasileiros Universitários (Jubs), realizada em junho, em Brasília. No masculino, com apenas um representante, também conquistou ótimos resultados. Ao todo, foram sete medalhas, além dos recordes quebrados.
Leia também:
- Confira as novidades que chegam aos streamings em julho de 2025
- Aeroporto de Maringá bate recordes de número de passageiros e voos no primeiro semestre
- Greve dos motoristas do transporte coletivo de Maringá é suspensa temporariamente
- UEM obtém patente de “fungo magnético”; saiba mais sobre a invenção
Uma das representantes é Ana Carolina Batista de Souza, de apenas 18 anos, que compete nos 100, 200 e 400 metros. Ela é detentora do melhor tempo dos 400 metros na classe T37 e recebeu o prêmio de Atleta Destaque do Jubs em 2024.
“Estou muito satisfeita por representar a faculdade que me apoia e me dá total incentivo. Pretendo continuar até 2028 para representar o Brasil nas Paralimpíadas. Estou no caminho”, afirma Ana.

A estudante do segundo ano de Educação Física divide a rotina entre os estudos e os treinos diários, além de sessões de fisioterapia. Segundo ela, a ideia é manter uma boa condição física para chegar ao Brasileiro Sub-20 e Brasileiro Adulto, além de competições maiores, como os Jogos Para-panamericanos e Paralímpicos.
Amanda Mossmann é atleta do arremesso de disco, dardo e peso e também estudante do segundo ano de Educação Física. Ela percorre 57 km todos os dias para vir até a UEM, pois mora em Engenheiro Beltrão.
Para diminuir as viagens, ela treina duas ou três vezes por semana em Maringá e, nos outros dias, em casa, com os próprios aparelhos.

“Eu sempre melhoro meus resultados no Jubs, o que me deixa muito feliz, porque me motiva a treinar mais ainda para alcançar o meu objetivo pessoal, que é tentar ir para um mundial e para uma Paralimpíada”, relata. Agora, ela se prepara para a próxima competição, os Jogos Universitários do Paraná (Jups), de 21 a 27 de julho, em Campo Mourão.
O único representante masculino do atletismo da UEM no Jubs seletiva foi o estudante de Educação Física do quarto ano, Luiz Fernando de Carvalho Villa, conhecido como “Bilão”. Com 26 anos e apenas um ano de treinamento, ele já se destaca no esporte e está se especializando na modalidade Petra, para atletas com desequilíbrio.
“Eu fui atleta de handebol por oito anos e, depois do meu acidente, descobri o atletismo. Eu levo os treinos muito a sério e sempre tento melhorar, para conquistar grandes coisas, pois minha história é de superação”, conta.

Neste ano, Villa alcançou resultados inéditos e expandiu a rede de amizades no atletismo. Segundo ele, os atletas se motivam entre si, rompendo a barreira de visibilidade que o paradesporto ainda enfrenta. “Eu tenho o objetivo de conseguir ir para o Mundial e para as Paralimpíadas com a Petra. Tenho três anos para chegar lá, porque eu consigo, não é impossível, eu vou conseguir.”
“Nós vemos muito futuro para eles e temos muita esperança de estar em grandes competições, pois eles já estão no radar, as meninas, inclusive, já treinaram com a seleção brasileira sub-20. E o Luiz, por estar há um ano só no atletismo, já está bem encaminhado também”, destaca o técnico Augusto Siqueira de Oliveira, responsável pela preparação dos atletas.
O atletismo é a modalidade em que o Brasil mais conquistou medalhas na história dos Jogos Paralímpicos. Ao todo, foram 170 – 48 de ouro, 70 de prata e 52 de bronze. A modalidade é administrada pelo Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) e pela World Para Athletics (WPA), entidade que atua como braço do Comitê Paralímpico Internacional (IPC, em inglês).
O paratletismo pode ser praticado por atletas com deficiência física, visual ou intelectual, em provas de corrida, saltos, lançamentos e arremessos, tanto no feminino quanto no masculino.
A próxima edição dos Jogos Parapan-Americanos será em Barranquilla, na Colômbia, em 2027. Já os Jogos Paralímpicos serão em 2028, em Los Angeles, nos Estados Unidos.