SAÚDE

Mais de 20% das calorias diárias consumidas por maringaenses vêm de ultraprocessados

Estudo da USP destaca os riscos à saúde causados por esses alimentos, que incluem obesidade e doenças cardiovasculares.

Mais de 20% das calorias diárias consumidas por maringaenses vêm de ultraprocessados
Consumo dos alimentos ricos em açúcar, gordura nociva, sódio e aditivos artificiais está diretamente ligado a casos de diabetes, obesidade, depressão, câncer e problemas cardiovasculares. - Foto: Freepik

Salgadinhos, refrigerantes, doces, sorvetes, macarrão instantâneo, pães embalados e similares são alguns exemplos dos alimentos que compõem 23% da alimentação diária dos maringaenses.

O estudo realizado pelo Núcleo de Pesquisas Epidemiológicas em Nutrição e Saúde da Universidade de São Paulo (Nupens/USP) aponta que as regiões Sul e Sudeste do Brasil estão entre as que mais consomem alimentos com vários processos de industrialização, os chamados “ultraprocessados”.

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Com alto apelo comercial (praticidade e sabor), ricos em açúcar, gordura nociva, sódio e aditivos artificiais e com baixos índices de fibras, vitaminas e minerais, o consumo de ultraprocessados está associado a mais de 30 tipos de doenças. Entre elas a diabetes tipo 2, obesidade, depressão, câncer e problemas cardiovasculares.

Em entrevista ao O Globo, o principal autor da pesquisa do Nupens, Leandro Cacau, destaca que o levantamento aponta uma grande discrepância no consumo desses alimentos dependendo da região do país.

“Vimos que especialmente a região Sul é onde estão concentradas as maiores estimativas, enquanto o consumo é mais baixo em estados do Norte e Nordeste. Nós esperávamos que o Sul teria maiores percentuais, mas não que fosse tão alto. Especialmente considerando a média do país, que é de 20%”, afirma.

Para ilustrar a diferença de cultura alimentar entre as cidades brasileiras, o índice de calorias diárias ingeridas a partir dos ultraprocessados varia de 5,7% em Aroeiras do Itaim, no Piauí, até 30,5% em Florianópolis, em Santa Catarina,

Os dados para o levantamento da USP foram definidos a partir dos números da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) e do Censo Demográfico, ambos do IBGE.

Maringa.Com, com informações do O Globo