SAÚDE

Campanha contra hanseníase terá início hoje

Terá início nesta terça-feita a campanha de busca ativa de hanseníase, ou seja, detectar novos casos.

A campanha, que vai até dia 28, dia de alerta mundial contra a hanseníase, pretende aumentar o diagnóstico precoce da doença.

A hanseníase é uma doença contagiosa de evolução lenta que se manifesta através de lesões na pele e nervos periféricos, especialmente nos olhos, mãos e pés.

O agente contagioso é o bacilo de Hansen.

O comprometimento dos nervos periféricos é a característica principal da doença, que pode causar incapacidades físicas e deformidades.

O doente pode apresentar diminuição da capacidade de trabalho, limitação da vida social e problemas psicológicos, além de sofrer pelo estigma e preconceito que acompanham a doença.

O homem é considerado a única fonte de infecção da hanseníase.

A transmissão acontece através de uma pessoa doente não tratada, através de contato direto com o doente não tratado.

A principal via de transmissão do bacilo é o trato respiratório: boca, nariz e faringe.

O período de incubação do bacilo no organismo pode ser de 2 a 7 anos para manifestar os sintomas da doença.

Os principais sintomas da hanseníase são manchas esbranquiçadas, pálidas ou avermelhadas com perda de sensibilidade ao frio ou calor; formação de caroços ou inchaço na pele, principalmente no rosto e nas orelhas; mancha com aspecto de areia, em geral de forma arredondada; nódulos dentro e embaixo da pele avermelhada.

O diagnóstico precoce da doença e o tratamento adequado previnem a evolução da hanseníase.

A detecção é feita pelos sinais clínicos e exame laboratorial que confirma ou descarta a presença do bacilo nas lesões.

Em caso de suspeita da doença o paciente deve procurar um posto de saúde para avaliação do caso.

O tratamento é ambulatorial, gratuito, e fundamental para o controle da hanseníase.

A Vigilância Epidemiológica da Secretaria da Saúde de Maringá notificou, entre 1995 e 2006, 545 casos de hanseníase, destes, 308 homens e 237 mulheres.

A faixa etária mais atingida, 301 casos, foi de 15 a 49 anos.

O secretário da Saúde, Antonio Carlos Nardi, ressalta a importância do diagnóstico precoce: “O propósito não é apenas interromper a transmissão da doença e quebrar sua cadeia epidemiológica, mas curar e reabilitar física e socialmente o paciente”.

A campanha será feita através dos Núcleos de Vigilância em Saúde em conjunto com Agentes Comunitários de Saúde – ACS.

Informações com a enfermeira da Vigilância Epidemiológica, Valéria Joana da Silva, pelo telefone 3218-3138.