Taxa de desemprego recua para 5,6%, a menor desde 2012
Dados foram divulgados pelo IBGE nesta terça-feira (16).

A taxa de desemprego recuou para 5,6% no trimestre encerrado em julho, o menor patamar da série histórica iniciada em 2012, de acordo com dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (16). O rendimento do trabalhador no período ficou em R$ 3.484.
No trimestre anterior, a taxa ficou em 5,8%. O país tinha, no fim de julho, 6,1 milhões de pessoas desocupadas, o menor contingente desde o último trimestre de 2013 (6,1 milhões). O número de ocupados atingiu o recorde de 102,4 milhões.
O trimestre foi marcado também pelo recorde no número de trabalhadores com carteira assinada, 39,1 milhões.
Além disso, o nível de ocupação ─ percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar ─ manteve o recorde de 58,8%. A pesquisa apura o comportamento no mercado de trabalho para pessoas com 14 anos ou mais e leva em conta todas as formas de ocupação, seja com ou sem carteira assinada, temporário e por conta própria, por exemplo. Só é considerada desocupada a pessoa que efetivamente procura uma vaga. São visitados 211 mil domicílios em todos os estados e no Distrito Federal.
Leia também:
- Paraná conquista sete medalhas no 7º Concurso Mundial de Queijos
- Prefeitura no Paraná divulga dois editais para concurso público com salários de até R$ 18 mil
- ‘O Agente Secreto’ será o representante do Brasil na disputa por uma indicação ao Oscar 2026
O IBGE faz também um mapeamento das pessoas que estão fora da força de trabalho, que ficou em 65,6 milhões, estável ante o trimestre anterior. A população desalentada, os que não procuraram emprego por achar que não conseguiriam vaga, recuou 11% no trimestre e alcançou 2,7 milhões de pessoas.
"O mercado se mostra aquecido, resiliente, com características de um mercado em expansão. O estoque de pessoas fora da força de trabalho vem diminuindo", afirmou William Kratochwill, analista da pesquisa.
Para ele, os indicadores mostram que as pessoas que deixaram a população desocupada “não estão se retirando da força de trabalho ou caindo no desalento, elas estão realmente ingressando no mercado de trabalho”.
O levantamento mostra que a ocupação no período de maio a julho foi puxada por três dos dez grupamentos pesquisados:
- agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura: mais 206 mil pessoas
- informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas: mais 260 mil pessoas
- administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais: mais 522 mil pessoas
A análise dos dados aponta que a taxa de informalidade chegou a 37,8%. No trimestre anterior, era 38%. A taxa de julho 2025 é a segunda menor já registrada, perdendo apenas para julho de 2020 (37,2%), quando, em plena pandemia, trabalhadores informais foram os que mais sofreram com o desemprego, sendo expulsos do mercado de trabalho, por isso a taxa ficou menor à época.
Apesar da redução da informalidade, o número de trabalhadores sem vínculo formal, ou seja, sem todas as garantias trabalhistas, ficou em 38,8 milhões, superando a do trimestre anterior (38,5 milhões). "Como teve aumento na população com emprego formal, a taxa de informalidade caiu", explica.