Hospitalizações por síndrome respiratória aguda diminuem 20,7% em relação a 2023
Nos oito primeiros meses deste ano, 14.746 pessoas foram internadas em razão da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG).
Nos oito primeiros meses deste ano, 14.746 pessoas foram internadas no Paraná em razão da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG), doença respiratória que afeta os pulmões e causa uma série de sintomas graves, levando o indivíduo ao internamento. No mesmo período do ano passado esse número foi de 18.617 hospitalizações, 3.871 a mais em relação a 2024, ou seja, houve uma queda de 20,79%. As informações são do Informe Vírus Respiratórios da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) publicado mensalmente.
Dos 14.746 casos, 1.540 (10,4%) foram confirmados para Influenza, 86 como SRAG por outros agentes etiológicos (0,6%), 1.335 como SRAG por Covid-19 (9,1%), 3.855 como SRAG por outros vírus respiratórios (26,1%), 1.310 estão em investigação aguardando confirmação laboratorial (8,9%) e 6.620 como SRAG não especificado, que é quando internou pela doença mas não teve coleta ou não houve identificação do vírus (44,9%).
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As internações ocorreram em todo o Paraná. Das 22 Regionais de Saúde, cinco delas tiveram internamentos em todos os municípios: as regionais de Paranaguá, Metropolitana de Curitiba, Ponta Grossa, Irati e União da Vitória. Nas Regionais de Paranavaí e Ivaiporã, 15 e 13 municípios, respectivamente, não contabilizaram casos de SRAG por vírus respiratórios ou óbitos.
As faixas etárias mais acometidas, seja em 2023 ou neste ano, são as crianças menores de seis anos e idosos, especialmente acima dos 70 anos. Em relação à faixa etária dos óbitos por SRAG confirmados para vírus respiratórios houve predominância nos indivíduos acima de 80 anos nesses primeiros oito meses do ano.
O tempo médio desses internamentos foi de 11 dias. O tempo máximo foi de 136 dias, para SARS-CoV-2. De acordo ainda com o levantamento da Sesa, tosse, dispneia e desconforto respiratório, saturação <95% e febre foram os principais sinais e sintomas apresentados pelos pacientes, além dos fatores de risco pré-existentes como idade menor de 6 anos (51,5%), maior de 60 anos (27,0%), e presença de doença cardiovascular crônica (15,2%).
Apesar dos vírus estarem em circulação no Estado, a Sesa recomenda medidas de prevenção a fim de conter a disseminação. Dentre elas estão:
- Vacinação anual contra a influenza, uma vez que a vacina é a intervenção mais importante para evitar casos graves e mortes pela doença.
- Vacinação contra a Covid-19 conforme Plano Nacional de Vacinação.
Intensificar as medidas que evitam a transmissão dos vírus respiratórios:
- Higienização das mãos frequente, principalmente antes de consumir algum alimento
- No caso de não haver disponibilidade de água e sabão, usar álcool gel a 70%
- Utilizar lenço descartável para higiene nasal, cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir
- Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca, não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas
- Manter os ambientes bem ventilados
- Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de síndrome gripal
- Evitar sair de casa em período de transmissão da doença
- Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados)
- Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos