Grupo Batucar promove espetáculo musical utilizando instrumentos não convencionais
Além das apresentações, projeto também irá oferecer uma oficina gratuita de música no dia 18 de maio. Saiba mais.
No próximo dia 24, o grupo Batucar estreia seu segundo espetáculo musical em Maringá, intitulado “Arritmia”, promovendo seis apresentações gratuitas também nos dias 25, 26 e 31 de maio e 1º e 2 de junho, sempre às 20h, na A Toca Espaço Cultural. A proposta é ressignificar sons e objetos e olhar para a música e a cena cultural da cidade a partir de uma nova ótica.
- Receba as novidades de Maringá pelo Whatsapp ou Telegram.
- Siga o Maringa.Com no Instagram ou Google News.
O projeto foi idealizado pelo músico, professor e performer Fernando Ponce, que também tem a função de diretor e intérprete nesse espetáculo viabilizado pelo Prêmio Aniceto Matti. Ele está ao lado de Ana Moraes e Nadji Vieira, além de contar com a participação especial do DJ e produtor musical Iraquitan Fagundes, responsável pela discotecagem.
Ponce estuda música desde os oito anos de idade. Fez aulas de bateria, percussão erudita, rudimentar e canto coral. Em sua jornada no curso de Artes Cênicas, estudou as possibilidades das perspectivas cênicas dentro do universo musical. Pautou sua pesquisa na existência de uma zona de convergência entre corpo do artista, espaço cênico e em como isto pode ser recebido pelos espectadores.
“A pretensão de criar o espetáculo se dá na ambição do grupo em tornar físico e palpável uma zona de convergência entre as diversas áreas das artes, transbordando a materialização artística em um espetáculo de Arte Imersiva”, diz.
Segundo o dicionário, arritmia é uma alteração anormal no ritmo e na velocidade dos batimentos cardíacos. Para o diretor, aderir a esse nome para o projeto diz respeito ao desejo de criar uma obra que fuja ao convencionalmente criado na cidade quando se fala em concertos e shows.
O discurso do espetáculo tem como finalidade utilizar a música para representar o coração, mas com uma frequência cardíaca anormal, seja irregular, acelerada ou muito lenta, se opondo ao “pulso” que geralmente as músicas seguem.
“Nesse caso, podemos criar uma analogia de que a música eletrônica é o fio condutor do espetáculo, representando o Coração e o Pulso. E esse, no decorrer do espetáculo, tem interferências rítmicas dos instrumentos percussivos não convencionais, criando assim frases rítmicas que se entrecruzam”, explica.
Se antes os sons dos materiais utilizados eram considerados ruídos e sons aleatórios, o objetivo aqui é transforma-los em música, fazendo o espectador testemunhar essa transformação, construindo signos e símbolos de acordo com suas experiências e vivências, para ressignificar as sonoridades presentes no ambiente cênico e também fora dele.
Neste trabalho, o cenário e os instrumentos são barris de plástico, caixas d’água e barris de lata, escolhidos pelo timbre, pela estética e pelas diferentes possibilidades cênicas e sonoras.
Os músicos, ao serem colocados em cena, evidenciarão tanto os instrumentos que tocam quanto seus corpos, que também fazem parte da construção da dramaturgia. “Arritmia” é um espetáculo musical para ser visto e ouvido.
O nome do grupo vem do primeiro trabalho, Batucar, que estreou em 2022 e levou para a cena cavaletes de madeira, baldes de plástico, corda, cano pvc, plaquinhas de madeira e até um carro para o palco do teatro, tirando som de todos esses itens e encantando a plateia.
Além das apresentações, o projeto também irá oferecer uma oficina gratuita de música com instrumentos percussivos não convencionais no dia 18 de maio, para a qual é necessário fazer inscrição prévia pelo formulário online. Mais informações podem ser obtidas pelo Instagram do grupo (@grupobatucar).