CULTURA

Filme maringaense é selecionado para festival internacional “Olhar de Cinema”, em Curitiba

Obra de ficção científica “A Cápsula” é roteirizado e dirigido por Ribamar Nascimento. Saiba mais.

Filme maringaense é selecionado para festival internacional “Olhar de Cinema”, em Curitiba
Após participação no festival, filme vai estrear em Maringá e entra na grade de programação da TV Cultura. - Foto: Lírica Aragão

O telefilme “A Cápsula”, com roteiro e direção de Ribamar Nascimento, foi selecionado para participar do Olhar de Cinema, festival internacional que acontece entre os dias 12 e 20 de junho em Curitiba. O anúncio dos selecionados foi feito na manhã desta terça-feira (7), e este foi o único longa-metragem paranaense selecionado para a mostra “Mirada Paranaense” no festival, tendo sido destacado também pelo fato de ser do gênero ficção científica.

Somente após a participação que o filme vai estrear em Maringá, onde foi rodado entre janeiro e fevereiro do ano passado, com locações também na cidade de Bandeirantes. Na sequência, o filme entra na grade de programação da TV Cultura.

“Esta conquista não apenas marca um momento significativo para nossa equipe, mas também faz história para Maringá, sendo o primeiro filme da cidade a alcançar essa visibilidade. Estamos empolgados em compartilhar nossa história com o mundo e ansiosos para ver a recepção do público", comemora o produtor executivo, Felipe Cosmos.

"A Cápsula” conta a história de Mariana (Danielli Pasquini), uma moça sonhadora, e seu irmão mais novo, Dinho (vivido pelo ator mirim Bernardo Hohmann, de 10 anos), que sobrevivem em um futuro pós-apocalíptico e encontram uma cápsula do tempo que os guia em uma missão para salvar seu povoado. Juntos, eles enfrentam misteriosas memórias do passado. Quando um povoado próximo é atacado pela temida gangue chamada “Breu”, os dois irmãos se unem a um amigo e a um casal de idosos peregrinos em uma viagem até a grande cidade, na arriscada missão de encontrar uma forma de resolver o problema da falta d’água. As memórias contidas na cápsula tornam-se as grandes chaves dessa jornada.

De acordo com o diretor e roteirista do filme, Ribamar Nascimento, o filme é sobre reconhecer fragilidades.

“O que guardamos dentro de nós que poderíamos abrir no futuro para nos lembrar? Coisas boas? Ruins? Alegrias? Dores? O filme traz um mundo ficcional onde a sobrevivência a uma tragédia pós-apocalíptica é a lei, e ecoa diariamente nossas tragédias internas. O quão destruído o mundo precisa estar para pararmos e notarmos o quanto podemos estar sendo destrutivos para nós e para os outros? Acho que nossa omissão, falta de empatia, falta de alteridade mesmo, criou um mundo anestesiado e cego emocionalmente”, comenta.

Com a participação dos atores Danielli Pasquini (Maringá), Bernardo Hohmann (Curitiba) e Luiz Carlos Persy (Rio de Janeiro), o filme é uma coprodução entre a Cosmos Filmes, de Maringá, e a produtora Kinopus Audiovisual, de Londrina, e foi viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti - Audiovisual 2019, em parceria com a Ancine (Agência Nacional do Cinema).

2 Coelhos Comunicação e Cultura
Por Gabrielle Nascimento