SAÚDE

Prevenção ao câncer de pele requer cuidados o ano todo

O câncer de pele, um dos que mais mata no Brasil, deve ser prevenido durante todo o ano.

No verão, porém, quando há maior freqüência a praias e piscinas, os abusos de exposição solar são maiores e, por isso, nessa época é necessário que o cuidado também aumente.

De acordo com o médico do Núcleo Integrado de Saúde – NIS Zona Sul, Abdul Salem, mesmo quando o céu está nublado é necessário se proteger.

O risco de ter câncer de pele, de acordo com Salem, é maior em pessoas com pele mais clara.

O tempo de exposição solar também é um fator preocupante.

É necessário evitar a exposição ao sol entre 10 e 14 horas, quando a radiação chega a 60%.

O médico ressalta que com cuidados de prevenção primária é possível evitar a doença.

É preciso sempre ter em mente que mesmo nos dias nublados é preciso se prevenir, pois mais de 90% da radiação ultravioleta penetra através das nuvens.

Mesmo na sombra há exposição à radiação, embora a redução dos raios ultravioleta seja de 50%.

A areia reflete 25% da radiação e até meio metro de profundidade da água a radiação é a mesma da superfície.

Salem destaca que é necessário usar protetor solar, óculos de sol de qualidade, camiseta, chapéu e guarda-chuva ao se expor ao sol.

“O uso do protetor solar deve ser feito mesmo em dias nublados.

As pessoas devem pensar no custo-benefício do protetor.

O custo não é alto se for comparado aos prejuízos de um mcâncer de pele”, ressalta o médico.

Para Salem o câncer de pele alcança índices altos de mortalidade por falta das pessoas procurarem o serviço médico: “Muitas vezes quando aparece uma lesão as pessoas tratam do ferimento com pomadas, em casa, sem procurar ajuda médica.

Quando o câncer é de um tipo grave, pode haver metástase, que é o enraizamento da doença para outras partes do corpo”.

Ressalta que qualquer tipo de câncer é tratável se descoberto na fase inicial, por isso é importante que as pessoas procurem o serviço médico ao aparecimento de lesões.

Dados do Instituto do Câncer – Inca apontam que o câncer de pele não melanoma é o mais incidente no Brasil, “mesmo considerando-se que estes índices podem estar subestimados pelo fato de que muitas lesões suspeitas são retiradas sem diagnóstico”.

O risco estimado na região Sul do país é de 89 para 100 mil em homens e 93 para 100 mil em mulheres.

O câncer de pele melanoma, por sua vez, é menos freqüente, mas sua letalidade mais elevada.

O Inca ressalta, ainda, que embora nem sempre leve a óbito, em alguns casos o câncer de pele pode levar a deformidades físicas e ulcerações graves, conseqüentemente onerando os serviços de saúde.

Informações com o médico Abdul Salem, do NIS Zona Sul, pelo telefone 3901-1886.