SAÚDE

Maringá tem o maior número de acidentes com escorpiões do Paraná

Secretaria de Estado da Saúde alerta que cuidados precisam ser tomados com o animal peçonhento, especialmente com as altas temperaturas e chuvas constantes desta época do ano.

A foto mostra um escorpião em cima de um chão com pedras.
Dos 3162 casos de acidentes com escorpião registrados em 2022, 869 são de Maringá. - Foto: SESA

Segundo dados preliminares do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (Sinan), Maringá teve, em 2022, 869 de acidentes causados por escorpiões, o número mais alto do Paraná até o momento. Paranavaí e Cornélio Procópio ocupam a segunda e terceira posições, com 603 e 377 ocorrências registradas, respectivamente.

Em 2021, a cidade já havia registrado o maior número de acidentes com o animal peçonhento. Dos 4059 acidentes do estado, 905 aconteceram em Maringá. 

O aumento de números de casos envolvendo acidentes provocados por animais peçonhentos, como os escorpiões, aumentam nesta época do ano, com as temperaturas altas e tempo chuvoso. Por isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), faz um alerta para a população sobre os cuidados que precisam ser tomados.

Os escorpiões normalmente são encontrados em ambientes escuros, úmidos e com pouca movimentação. Evitar o acúmulo de entulhos é uma das principais medidas para reduzir o surgimento desses animais, pois esses locais podem atrair insetos, como baratas, que são sua principal fonte de alimento.

“Nesse período de altas temperaturas e com a incidência de muita chuva, eles acabam saindo de seus abrigos pelo excesso de água ou pelo calor. Por isso, medidas simples como manter os quintais limpos, evitando o acúmulo de entulhos, materiais de construção e resíduos orgânicos podem dificultar o aparecimento e proliferação dos mesmos”, alerta o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

De acordo com o biólogo da Divisão de Vigilância de Zoonoses e Intoxicações da Sesa, Emanuel Marques da Silva, em caso de acidente, o paciente deve procurar uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) o mais rápido possível.

“Principalmente no caso das crianças, pois elas têm alto potencial de gravidade ao ser picada por um escorpião. Por esse motivo, quanto antes receber atendimento, menores serão os danos causados pelo envenenamento”, afirma.

Sempre que possível, o animal causador do acidente deve ser levado junto ao serviço de saúde. “O tratamento é realizado a critério médico, conforme sinais clínicos de envenenamento, mas levar o animal causador do acidente ou mesmo uma foto, irá auxiliar de forma primordial no diagnóstico”, completa o biólogo.

Ao encontrar um escorpião, com muito cuidado, coloque-o em um pote com tampa para ser encaminhado às autoridades de saúde. Um Laudo de Identificação será realizado e encaminhado para o serviço de saúde do município, que, por sua vez, deverá entrar em contato com o cidadão, fazendo as orientações de prevenção de acidentes e correção dos prováveis ambientes favoráveis para os animais.

Maringa.Com, com informações da Agência Estadual de Notícias
Por Vanessa Santa Rosa