EXPOSIÇÃO

Memorial Kimura reabre para visitação com projeto 'Kimono e Washi: a arte de vestir e fazer papel'

Exposições apresentam roupas tradicionais japonesas e o processo de criação do típico papel nipônico até 10 de outubro

Memorial Kimura reabre para visitação com projeto 'Kimono e Washi: a arte de vestir e fazer papel'
O Memorial Kimura está aberto para visitação deste 2009 com diversos itens sobre a história da região. - Foto: Divulgação

Neste sábado, 3 de setembro, o Memorial Kimura reabre ao público para visitação presencial, inaugurando duas novas exposições gratuitas: ‘Kimono e Washi: a arte de vestir e fazer papel’. Com entrada gratuita, é necessário realizar agendamento prévio pelo e-mail museumemorialkimura@gmail.com para visitar. As exposições seguem até 10 de outubro.

A ARTE DE VESTIR E FAZER PAPEL — A primeira exposição traz 11 quimonos, roupa tradicional japonesa, sendo alguns modelos mais casuais e outros de festa, usados em cerimônias de casamento. A segunda exposição é a de Washi, o papel tradicional japonês, registrado em 2014 pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade. Clique aqui e confira a programação do evento. 

A produção do Washi é desenvolvida no Sítio Kimura desde 2011, num processo que vai desde a plantação das mudas de amoreira japonesa, cuja fibra é a matéria-prima, até o aprendizado das técnicas de preparação e confecção deste e de outros papéis artesanais, utilizando corantes vegetais e até a terra roxa característica da região.

Os papéis expostos foram confeccionados por Iracema Kimura e Rosângela Kimura.  

Essas atividades fazem parte do projeto “Memorial Kimura Virtual: fragmentos da ocupação da região e da arte de vestir e fazer papel”, viabilizado por meio do Prêmio Aniceto Matti. 

O projeto também irá criar um site para disponibilizar parte do acervo histórico da instituição, que inclui fotografias, documentos, utensílios domésticos e instrumentos agrícolas originais que mostram a introdução de imigrantes no processo de colonização da região Norte do Paraná, a cultura do café e a vida dos trabalhadores rurais do período inicial.  

MEMORIAL KIMURA — Localizado no distrito de Floriano, o Memorial surgiu por iniciativa de Mario Kimura e seus irmãos e abriu suas portas para a comunidade a partir de 2009. Com recursos próprios, a família restaurou um casarão datado da década de 1950, a primeira escola da região e a tulha de café, impulsionados pela vontade de preservar a história local.  

“Mais do que a história da família, procuramos mostrar um pouco da história da região que, muito antes da vinda da Companhia de Terras Norte do Paraná, já havia sido habitada por outros povos”, explica a historiadora Rosângela Kimura, uma das responsáveis pelo Memorial Kimura. 

O propósito é falar de forma didática sobre o processo de ocupação regional que ocorreu com a entrada dos trabalhadores introduzidos pela Companhia, mas sem deixar de falar da existência de populações que habitaram muito antes a região, como os Kaingang há cerca de 3 mil anos, e povos caçadores e coletores, há estimados 6 mil a 8 mil anos. 

A propriedade é um sítio arqueológico onde já foram encontrados fragmentos cerâmicos e material lítico dessas populações.

Assessoria de imprensa