SAÚDE

Brasil receberá antiviral contra a varíola dos macacos, afirma ministro da Saúde

Pelas redes sociais, o ministro Marcelo Queiroga anunciou o recebimento da medicação que será destinada aos casos mais graves da doença

Brasil receberá antiviral contra a varíola dos macacos, afirma ministro da Saúde
Apesar do anúncio de recebimento dos antivirais por meio da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ainda não foi divulgado quando será iniciada a distribuição do medicamento ou quantas doses serão recebidas. - Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

De acordo com o último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde, o Brasil já contabiliza 1.369 casos da varíola dos macacos e uma morte, registrada em Minas Gerais. Com o avanço da doença, o Brasil vai receber antivirais contra a doença que serão destinados aos casos mais graves, afirmou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, em publicação nas redes sociais. 

O Ministério da Saúde receberá, por intermédio da OPAS (@pahowho), o antiviral tecovirimat para reforçar o enfrentamento ao surto de Monkeypox no Brasil 🇧🇷. Serão contemplados casos mais graves em um primeiro momento.

— Marcelo Queiroga 🇧🇷🇧🇷 (@mqueiroga2) August 1, 2022

O antiviral a ser recebido será o tecovirimat que, conforme pesquisas da revista científica The Lancet Infectious Diseases, é o tratamento mais promissor para reduzir a duração dos sintomas e o tempo de infecção dos contaminados. 

Apesar do anúncio de recebimento dos antivirais por meio da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), ainda não foi divulgado quando será iniciada a distribuição do medicamento ou quantas doses serão recebidas. O que se sabe é que, por enquanto, somente os casos mais graves serão contemplados com o antiviral. 

Mais informações serão divulgadas em breve. 

CASOS NO BRASIL — O maior número de casos da varíola dos macacos está concentrado em São Paulo (1.031), seguido por Rio de Janeiro (169) e Minas Gerais (63). Os outros estados com casos confirmados são Distrito Federal (20), Paraná (21), Goiás (18), Bahia (11), Ceará (4), Rio Grande do Norte (2), Espírito Santo (2), Pernambuco (7), Tocantins (1) , Acre (1), Amazonas (1), Rio Grande do Sul (6), Mato Grosso do Sul (5), Amazonas (1), e Santa Catarina (7).

A varíola dos macacos, ao contrário da Covid-19, é um vírus conhecido e estável sem grandes chances de mutação. Além disso, boa parte da população possui algum grau de imunidade contra a doença, pois é um vírus relacionado com a varíola humana, erradicada na década de 80 através de campanhas mundiais de vacinação. 

Não se sabe ao certo o nível de imunidade entre a população vacinada contra a varíola humana, mas estima-se que tais indivíduos, com idade superior a 45 anos, sejam menos vulneráveis ao vírus. 

TRANSMISSÃO — Considerada uma transmissão moderada e pouco eficiente, a varíola dos macacos é transmitida principalmente através do contato com infectados. É possível contrair a doença ao tocar nas feridas de alguém contaminado ou ao entrar em contato com roupas, lençóis e toalhas do paciente. 

Fluídos corporais e sangue também transmitem a doença. Por isso, relações sexuais e tosse ou espirro podem infectar outras pessoas.  

Uma medida para evitar a exposição ao vírus é a higienização das mãos com água e sabão ou álcool gel.

Vale destacar que o surgimento de novos casos em diversos países pode indicar a mutação do vírus fazendo com que algumas perguntas ainda estejam sem respostas. Por isso, é fundamental estimular o cuidado e orientação geral sobre a doença. 

SINTOMAS — Os sintomas da varíola dos macacos são fáceis de identificar e geralmente possuem uma manifestação leve. Considerada uma doença autolimitada, os sintomas podem durar entre duas e quatro semanas e raramente se tornam casos graves, mesmo com uma alta taxa de mortalidade (11%).

Fácil de identificar, a doença possui sintomas bem característicos, como é o caso das feridas na pele, que surgem até três dias depois do paciente apresentar sinais de febre. Confira a lista completa de sintomas: 

  • Dor de cabeça;
  • Febre e calafrios;
  • Dores musculares;
  • Feridas na pele (rosto, palmas das mãos e solas dos pés);
  • Inflamação dos gânglios linfáticos;
  • Cansaço.
Maringa.Com