Após dois anos, fim da pandemia é incerto devido ao possível surgimento de novas variantes
O avanço da vacinação é essencial para frear a mutação do vírus Sars-Cov-2, mas muitos países ainda estão atrasados no índice de imunizados
Após dois anos desde a declaração da pandemia de covid-19 pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil já soma mais de 29 milhões de casos confirmados e 656.425 óbitos acumulados. Em todo o mundo, os números atingem a marca de 6 milhões de óbitos e mais de 460 milhões de casos confirmados.
Desde que a atenção mundial foi direcionada à doença que surgiu na China como uma pneumonia, muita coisa mudou. O coronavírus transformou a realidade mundial.
Conhecemos o conceito de lockdown, máscaras e álcool em gel viraram itens de sobrevivência, choramos a morte de parentes, amigos e até mesmo desconhecidos. E como uma luz de esperança em meio ao cenário de angústias, tomar a vacina contra covid-19 virou motivo de felicidade, rendendo chuva de selfies e vídeos nas redes sociais.
Mas ainda não chegamos ao fim da pandemia. Novas variantes surgiram em diversos países e mesmo com a vacinação em avanço, novos picos de contaminação foram registrados em meio à flexibilização de medidas restritivas.
Em 2020, antes do início da vacinação, diversas variantes foram detectadas. Em maio, a variante Beta foi detectada na África do Sul; em setembro, a variante Alfa foi detectada no Reino Unido; em outubro, a variante Delta foi descoberta na Índia; em novembro, foi a vez da variante Gama ser identificada no Brasil.
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Após o início da vacinação, as variantes pararam de aparecer, mas em de 2021 foi a vez da mais preocupante das variantes, a Ômicron, ser identificada na África do Sul. Com medidas de restrição flexibilizadas, a nova cepa foi responsável pela onda que atingiu o Brasil no início de 2022, após as festividades de fim de ano.
Em entrevista concedida ao UOL, Raphael Guimarães, integrante do Observatório da Covid-19 da Fundação Fiocruz, explica que todo vírus tem grande potencial de mutação. Isso porque eles procuram evoluir para uma versão mais resistente, garantindo sua existência.
“O que a gente vive dentro de uma pandemia é uma guerra em que a gente está tentando sobreviver, e o vírus também está tentando. Cada vez que a gente dá a ele a chance de circular de forma mais livre e tentar se adaptar a um ambiente mais inóspito, o que ele está fazendo é tentar alterar sua estrutura para sobreviver”, explica.
Para evitar que o vírus se multiplique é necessário que ele pare de circular e, por isso, a vacinação é fundamental para o tão desejado “fim da pandemia”. A variante de preocupação Ômicron foi identificada na África do Sul, um dos países com menor cobertura vacinal do mundo.
Em Maringá, os índices de vacinação apresentam resultados acima da média estadual. Após dois anos de pandemia e com pouco mais de um ano de vacinação, Maringá tem 381.090 pessoas vacinadas com pelo menos uma dose da vacina contra Covid-19. São 340.569 vacinados com a 2ª dose e 186.100 com a 3ª e 4ª dose.