SAÚDE

Sexta-feira (30) encerram as inscrições do acolhimento psicológico para comunidade LGBTQIA+

Em Maringá será ofertado acompanhamento psicológico gratuito a pessoas LGBTQIA+

Sexta-feira (30) encerram as inscrições do acolhimento psicológico para comunidade LGBTQIA+
Um fator importante para a existência da política do acolhimento está nas altas taxas de suicídio, ansiedade e depressão que a população LGBTQIA+ apresenta. - Foto: Alik Keplicz/AP

A Gerência de Diversidade, vinculada à Secretaria de Juventude e Cidadania, está oferecendo acolhimento psicológico gratuito à população LGBTQIA+ que esteja em vulnerabilidade social (desempregadas ou sem condições financeiras) e com idade acima de 18 anos. As inscrições vão até sexta-feira, dia 30 de julho. Para se inscrever, clique aqui ou se dirija à Secretaria de Juventude e Cidadania, localizada na Rua Luiz Gama, 89.

O acolhimento psicológico para o público LGBTQIA+ faz parte de uma política pública de direito diante de uma sociedade que ainda está caminhando para reconhecer a diversidade sexual e de gênero. Para as pessoas LGBTQIA+, a discriminação e exclusão social é algo que afeta a sanidade mental e o sentimento de não pertencimento em muitos ambientes que prezam a “normalidade” em corpos que são cis-heterossexuais (cis: prefixo que refere-se a quem se identifica com o gênero que lhes foi instituído).

Outro fator importante para a existência da política do acolhimento está nas altas taxas de suicídio, ansiedade e depressão que a população LGBTQIA+ apresenta. Segundo relatório da Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é a segunda causa de morte entre jovens de 15 a 29 anos no mundo, atrás apenas de acidentes de trânsito. Um dos motivos está ligado à questões de sexualidade e gênero e não aceitação pública do indivíduo.

Em Maringá, segundo o mapeamento LGBTQIA+ realizado no começo desse ano, muitas pessoas revelaram que necessitam desse apoio psicológico e que os serviços convencionais de saúde não conseguem satisfazer. Segundo a pesquisa, 43,8% da população deixaram de procurar serviços de saúde por medo de sofrerem algum tipo de preconceito e/ou discriminação e, em decorrência disso, além da saúde mental e psicológica, 16,8% já tiveram dificuldades em procurar atendimento médico por ser transexual ou travesti.

Já são quase 40 inscritos e o acolhimento será por meio de encontros individuais e presenciais, inicialmente às sextas-feiras, das 14 às 17 horas, com 50 minutos de duração para cada atendimento. O limite de vagas será de acordo com a demanda das inscrições. Os encaminhamentos respeitarão a ordem de solicitação e uma eventual lista de espera.

A proposta do acolhimento psicológico é uma das políticas públicas desenvolvidas pela Secretaria. Segundo o Gerente de Diversidade, Saulo Gaspar, o espaço será acolhedor, respeitando a privacidade e confidencialidade, para conversas, escutas, vivências e realidades.

Prefeitura de Maringá