Maringá completa ano de pandemia com mais de 3 mil mortos, maior índice desde 2003
Atualmente a cidade soma quase 700 mortos em decorrência a Covid-19
De acordo com informações do Portal da Transparência do Registro Civil, Maringá registrou mais de 3 mil mortes durante o ano da pandemia. O índice é o maior desde o início da série histórica das estatísticas, em 2003. Após um ano de pandemia da Covid-19 o cenário é preocupante. Além do alto índice de mortes, o sistema de saúde beira um colapso com alta taxa de ocupação hospitalar e falta de leitos para a população.
O número de óbitos registrados em Cartórios no "ano da pandemia", considerado o período de março de 2020 a fevereiro de 2021, totalizou 3.014, 189 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003. Em termos percentuais, significa um crescimento de 6,6% de óbitos em relação à média histórica, que sempre esteve na casa de 1,3%, totalizando 5,3 pontos percentuais a mais no período. Na comparação em relação ao exato ano anterior da pandemia, março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 18,5% no número de falecimentos.
O Paraná fechou o ano da Covid-19 com 81.533 mortes, um total de 14.500 falecimentos a mais do que a média dos mesmos períodos desde 2003. Em termos percentuais, significa um crescimento de 21,63% de óbitos em relação à média histórica, que sempre esteve na casa de 1,5%, totalizando 20,04 pontos percentuais a mais no período. Na comparação em relação ao ano anterior da pandemia, março de 2019 a fevereiro de 2020, o aumento foi de 8,97% no número de falecimentos.
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FEVEREIRO PREOCUPANTE - O agravamento da pandemia no último mês, fez de fevereiro de 2021 o mês mais mortal de sua própria série histórica em Maringá, com um total de 274 óbitos registrados pelos cartórios no período, 67 óbitos a mais do que a média para o período. O número foi ainda 24,4% maior do que a média histórica dos meses de fevereiro desde 2003, sendo 21,5 pontos percentuais a mais em relação à média para o período. Na comparação com fevereiro de 2021, o crescimento foi de 44,9%.
O número de óbitos registrados nos meses de 2021 ainda pode vir a aumentar, assim como a variação da média anual e do período, uma vez que os prazos para registros chegam a prever um intervalo de até 15 dias entre o falecimento e o lançamento do registro no Portal da Transparência. Além disso, alguns estados brasileiros expandiram o prazo legal para comunicação de registros em razão da situação de emergência causada pela Covid-19.
Os dados são do Instituto do Registro Civil das Pessoas Naturais do Estado do Paraná.