SAÚDE

Atividades da semana anti tabagismo serão na praça Renato Celidônio

Será na Praça Renato Celidônio, entre o Paço Municipal e os Correios, que o cigarro gigante vai estar exposto para a semana anti tabagismo.

A partir de sexta-feira (25) até dia 31 (quinta-feira), o cigarro estará aberto à visitação pública.

Profissionais de saúde explicarão os malefícios causados pelo fumo e os benefícios de deixar de fumar.

O tema deste ano será o tabagismo passivo.

O cigarro gigante será apresentado em parceria entre as coordenadorias de Saúde Mental e DST/AIDS, da Secretaria Municipal da Saúde.

A queima dos derivados do tabaco leva à formação de duas correntes de fumaça.

A principal, gerada durante as tragadas, entra pela boca do fumante.

A secundária, formada no intervalo entre as tragadas, é emitida livremente da ponta do cigarro aceso para o ar ambiente.

É essa segunda corrente que resulta no tabagismo passivo.

A poluição tabagística ambiental – PTA é a maior responsável pela poluição em ambientes fechados e responde por 90% dos níveis de poluição do ar e por 95% dos elementos cancerígenos transportados pelo ar em pontos de encontros sociais.

A concentração de alcatrão na fumaça de tabaco que polui os ambientes fechados chega a ser 5,3 vezes maior do que na fumaça que o fumante traga.

A de nitrosamina NPYR, importante elemento cancerógeno do tabaco, chega a ser 10 vezes maior.

A concentração de nicotina e monóxido de carbono, principais elementos da fumaça do tabaco e tóxicos para o sistema cardiovascular, chega a ser 21 vezes e 15 vezes, respectivamente, maior na fumaça que polui os ambientes fechados do que na tragada pelo fumante.

O consumo de derivados do tabaco causa cerca de 50 doenças diferentes, principalmente as doenças cardiovasculares, o câncer e as doenças respiratórias obstrutivas crônicas.

Além disso, estudos mostram que o tabagismo é responsável por 200 mil mortes por ano no Brasil (23 pessoas por hora); 25% das mortes causadas por doença coronariana - angina e infarto do miocárdio; 45% das mortes causadas por doença coronariana na faixa etária abaixo dos 60 anos; 45% das mortes por infarto agudo do miocárdio na faixa etária abaixo de 65 anos; 85% das mortes causadas por bronquite e enfisema; 90% dos casos de câncer no pulmão (entre os 10% restantes, 1/3 é de fumantes passivos); 30% das mortes decorrentes de outros tipos de câncer (de boca, laringe, faringe, esôfago, pâncreas, rim, bexiga e colo de útero); 25% das doenças vasculares (entre elas, derrame cerebral).

O tabagismo ainda pode causar impotência sexual no homem; complicações na gravidez; aneurismas arteriais; úlcera do aparelho digestivo; infecções respiratórias; trombose vascular.

O cigarro gigante, que ficará durante uma semana na praça Renato Celidônio, será um túnel de 11 metros por onde as pessoas poderão passar e receber orientações sobre os prejuízos que o cigarro causa, através de filmes, cartazes e explicações de profissionais da saúde.

Do lado de fora haverá profissionais da Secretaria da Saúde explicando a respeito dos tratamentos para as pessoas que desejam deixar de fumar.

Maringá oferece tratamento para tabagisno nas Unidades Básicas de Saúde – UBSs Zona Sul, Cidade Alta, São Silvestre, Pinheiros, Tuiuti, Alvorada III, Iguaçu, Maringá Velho, Quebec e Ney Braga, além do Cisam e CAPS AD.

O tratamento, de acordo com a coordenadora de saúde mental, Claudiane Fernandes Rosa, consiste em abordagem cognitiva comportamental, através de reuniões de grupos e, em casos mais severos, tratamento com medicamentos.