Ampliação dos colégios cívico-militares no Paraná é aprovada na Assembleia
O texto segue agora para a sanção do governador do Paraná, Ratinho Junior
Os deputados estaduais aprovaram em segundo turno a ampliação dos colégios cívico-militares no Paraná, nesta quinta-feira (14). A proposta encaminhada pelo Poder Executivo recebeu 45 votos favoráveis e seis contrários.
O texto segue agora para a sanção do governador do Paraná, Ratinho Junior. Como a proposta veio do Poder Executivo, o material deve ser sancionado sem vetos.
Também foram votadas nesta quinta-feira, oito emendas propostas pelos deputados a esse projeto, mas todas foram rejeitadas na votação em plenário por 43 votos a oito.
A proposta do Poder Executivo prevê que todos os colégios da rede estadual de ensino que se adequarem ao modelo cívico-militar poderão adotar esse sistema. Dessa forma, não apenas os municípios que tenham mais de dez mil habitantes poderiam adotar o sistema, mas sim qualquer cidade que conte com ao menos dois colégios estaduais situados na zona urbana.
O texto ainda aponta que cada comunidade escolar vote também que os colégios que adotarem o modelo não poderão ofertar ensino integral, técnico, educação para jovens e adultos e também aulas no período noturno.
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A expectativa do Governo do Paraná é que 200 colégios da rede estadual poderão adotar o modelo cívico-militar. “Nós estamos falando de 10% das escolas. Nos municípios, os pais escolheram por meio de consulta pública. É um projeto novo e eventualmente uma ou outra falha podem acontecer e, se acontecer vamos corrigir. Podem ficar seguros”, analisou o líder do Governo e deputado Hussein Bakri (PSD).
Os colégios cívico-militares irão integrar as aulas dos professores da rede estadual com o controle administrativo e disciplinar dos militares. Cada escola terá um diretor geral e um diretor-auxiliar civil, além de um diretor cívico-militar e de dois a quatro monitores militares.
Todos os diretores cívico-militares serão indicados pela Secretaria da Educação e do Esporte, que também terá a função de acompanhar o funcionamento do programa e do cumprimento das metas acadêmicas.
“(Essa proposta) pode impactar na pedagogia que nós defendemos, que é da liberdade, para a pedagogia do medo, do vigiar e punir, de patrulhar o comportamento dos professores e também dos estudantes. A escola tem o poder de despertar a curiosidade, a criatividade e dar liberdade para aprender e ensinar. Isso faz toda a diferença”, contestou o líder da Oposição e o deputado Professor Lemos (PT).
A pedido de Ratinho Junior, os deputados votaram o projeto em caráter extraordinário, paralisando o recesso parlamentar que irá durar até o dia 1º de fevereiro.