Escola cívico-militar é aprovada em três colégios de Maringá
Para que a implementação seja efetivada, é preciso que mais de 50% das pessoas aptas a votar na escola participem da consulta e que a maioria simples dos votantes seja favorável ao programa
O modelo de escola cívico-militar foi aprovado em 163 das 217 escolas do Paraná até o momento. O balanço parcial foi divulgado pelo Governo do Estado na manhã do último sábado (31). Outras 54 escolas continuam a votação a partir desta terça-feira (3).
De acordo com informações do Núcleo Regional de Educação, três colégios de Maringá aprovam conversão para cívico-militar. Em Maringá e região a comunidade escolar decidiu pela aprovação do novo modelo nas seguintes escolas:
- Serafim França em Astorga
- Cecília Meireles em Colorado
- Vicente Pallotti em Mandaguari
- Alberto Jackson Byington Júnior em Maringá
- Ipiranga em Maringá
- Vinícius de Moraes em Maringá
- Cora Coralina em Sarandi
- Pedro Viriato Parigot de Souza em Marialva
Para que a implementação seja efetivada, é preciso que mais de 50% das pessoas aptas a votar na escola participem da consulta e que a maioria simples dos votantes (50% e mais um voto) seja favorável ao programa — o maior do país na área, com investimento de cerca de R$ 80 milhões, direcionado a 129 mil alunos. Nos colégios onde a migração for aprovada, haverá implementação da modalidade cívico-militar em 2021.
As escolas contarão com aulas adicionais de Português, Matemática e Civismo, permitindo aos estudantes que aprendam sobre leis, Constituição Federal, papel dos três poderes, ética, respeito e cidadania. No Ensino Médio, haverá, ainda, a adição da disciplina de Educação Financeira.
- Receba as novidades de Maringá pelo Whatsapp ou Telegram.
- Siga o Maringa.Com no Instagram ou Google News.
Além de questões curriculares, outra mudança trazida pela nova modalidade de ensino — que será aplicada em escolas do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e no Ensino Médio — é a gestão compartilhada entre civis e militares.
O diretor-geral e o diretor-auxiliar permanecem sendo civis e as aulas continuam sendo ministradas por professores da rede estadual, enquanto o diretor cívico-militar será responsável pela infraestrutura, patrimônio, finanças, segurança, disciplina e atividades cívico-militares. Haverá, também, de dois a quatro monitores militares, conforme o tamanho da escola.
PROTESTOS – Professores, estudantes e servidores de escolas estaduais de Maringá e região fizeram um manifesto esta semana na frente do Núcleo Regional de Educação, em Maringá. Dentre outras reivindicações, eles alegam que o modelo deveria ter sido discutido antes com a comunidade para depois entrar em votação.
Outra preocupação dos professores é com os estudantes que dependem de estudar no período da noite, que segundo eles, seriam excluídos nesse modelo. Diretores do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) entraram com um pedido de liminar para tentar impedir o processo.