Escola Legislativa da Câmara Municipal de Maringá retoma as atividades de maneira online

Após meses de suspensão devido à pandemia do Coronavírus, os projetos da Escola Legislativa de Maringá retornaram de maneira online, com lives participativas envolvendo servidores da Casa e os jovens que compõem a Câmara Mirim, Parlamento Jovem ou o Programa Estágio Conhecimento.

Nesta quinta-feira (3), haverá uma nova sessão e Vitória de Souza, de 12 anos, não vê a hora de poder participar das discussões envolvendo a pauta. "Nossa primeira sessão remota ocorreu para definirmos se todos estavam de acordo em passar a ter encontros onlines. E nós concordamos! Com as demandas do colégio também pela internet, já estamos até acostumados", comenta ela, que cursa a sétima série no Colégio Santo Inácio.

A equipe de jornalismo da Câmara de Maringá visitou a casa da vereadora mirim para conferir de perto como está sendo a adaptação desta nova rotina. Sua mãe, a historiadora e professora universitária Ana Lúcia da Silva, conta com orgulho o interesse da filha em resolver problemas da cidade.

"Em uma viagem recente que fizemos ao Rio de Janeiro, a Vitória perguntava a todo momento se lá tinha Câmara, se tinha vereadores mirins e porquê havia tantos problemas na cidade. Ela realmente é motivada e consegue ter uma noção interessante sobre o funcionamento do poder público", relata a mãe.

Vitória tem para quem puxar. Além de todo o engajamento dos pais – a mãe, envolvida com as causas históricas raciais, e o pai, atuante na área da psicologia –, a vereadora mirim ainda tem orgulho ao lembrar do avô paterno, José Captuleio da Silva, vereador eleito em Maringá na década de 1970 pelo MDB. A jovem diz sonhar com duas profissões quando crescer: quer ser modelo ou vereadora. 

Para a mãe, apoiar essa consciência política desde cedo é também lutar por mais igualdade na sociedade. "Precisamos de mais mulheres em cargos de liderança e em cargos políticos. Precisamos, sim, das mulheres ocupando, por exemplo, o cargo de vereadora, isso nos representaria melhor no Poder Legislativo", diz Ana Lúcia. No dia da entrevista, coincidentemente se comemorava o Dia Internacional da Igualdade Feminina.

ESCOLA LEGISLATIVA – A Câmara Mirim mantém seus encontros na primeira quinta-feira do mês com propostas e requerimentos de informação dirigidos ao Executivo. Segundo Joaquim dos Santos, coordenador da Escola Legislativa, as crianças e adolescentes ficaram até mais à vontade nessa modalidade de encontro. "Como a maioria está assistindo as aulas regulares pelo computador, em casa, nossa adaptação foi muito fácil", explica.

O Programa Estágio Conhecimento promoveu três reuniões online, nos últimos 30 dias. A proximidade das eleições e as mudanças neste pleito como, por exemplo, o fim da coligação na escolha dos vereadores, são os assuntos que eles estão debatendo na comodidade das suas casas.

O mesmo foi replicado para os participantes do Parlamento Jovem que combinam a cada bate-papo agendam o próximo. "A produtividade está tão boa que, possivelmente, vamos incorporar o meio remoto à programação", comemora Santos.