ECONOMIA

Governo Federal propõe salário mínimo de R$ 1.067 em 2021

O salário mínimo atual é de R$ 1.045, ou seja, em tese, o aumento é de 22 reais para o próximo ano

Governo Federal propõe salário mínimo de R$ 1.067 em 2021
O dado faz parte da PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), enviada ao Congresso Nacional. - Foto: Gilson Abreu/AEN

O Governo Federal propôs nesta segunda-feira (31) que o salário mínimo seja de R$ 1.067 em 2021. O dado faz parte da PLOA (Projeto de Lei Orçamentária Anual), enviada ao Congresso Nacional.

O salário mínimo atual é de R$ 1.045. Ou seja, em tese, o aumento é de 22 reais. No entanto, esse valor é apenas como reposição para a inflação de 2,09%. Com isso, o salário mínimo não terá aumento real por dois anos.

Além disso, vale lembrar que a projeção feita em abril é que o salário mínimo aumentasse para R$ 1.079 em 2021.

PIB – A proposta orçamentária também inclui a alta do PIB (Produto Interno Bruto). O crescimento esperado era de 3,3% e caiu para 3,2%.  O governo também especificou que a estimativa da queda do PIB em 2020 por causa da pandemia de covid-19 é de 4,7% – valor menor que o estimado pelo mercado (de 5,28%).

No entanto o IBGE divulgou nesta terça-feira (1°) que o Produto Interno Bruto (PIB), teve queda de 9,7% no segundo trimestre deste ano, na comparação com o trimestre anterior.

Na comparação com o segundo trimestre de 2019, o PIB caiu 11,4%. Ambas as taxas foram as quedas mais intensas da série, iniciada em 1996. No acumulado dos quatro trimestres terminados em junho, houve queda de 2,2% em relação aos quatro trimestres imediatamente anteriores.

A expectativa para a redução da inflação também mudou de 3,64% para 3,24%.

O PLOA também aponta que o governo federal reservou R$ 96,052 bilhões para gastos discricionários do Poder Executivo, o que engloba o funcionamento da máquina pública como energia elétrica, água e bolsas de estudo.

Cerca de R$ 28,665 bilhões desse valor são reservados para investimento – na proposta para esse ano os investimentos tiveram orçamento de R$ 19,4 bilhões.

Por fim, o ministro da Economia, Paulo Guedes, prevê um déficit de R$ 233,6 bilhões. Com isso, será o oitavo ano que as contas do país vão ficar no vermelho.

O projeto de orçamento do governo será apreciado pelo Congresso, que pode modificar a proposta.

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