Universidade Estadual de Maringá deve economizar R$ 200 mil por ano com usina solar
O sistema de energia foi ativado a partir da instalação de módulos fotovoltaicos em nove edifícios dentro campus-sede
Com a entrada em funcionamento da usina de minigeração fotovoltaica de energia, a Universidade Estadual de Maringá (UEM) dá um passo para sustentabilidade e eficiência energética. Além de utilizar energia limpa e renovável, a iniciativa prevê uma economia de cerca R$ 200 mil por ano.
O sistema foi ativado a partir da instalação de módulos fotovoltaicos em nove edifícios dentro campus-sede. São 1.440 módulos que correspondem a cerca de 2,8 mil metros quadrados de superfície para coleta, com potência total de 518 kWpico – unidade de medida que corresponde à energia máxima produzida pelos módulos fotovoltaicos.
Os equipamentos entraram em operação em fevereiro deste ano com o registro de pouco mais de R$ 46 mil de economia nas faturas de energia pagas nos últimos quatro meses. O valor ainda está abaixo do esperado, mas, segundo universidade, deve-se considerar que algumas adaptações iniciais foram necessárias, comprometendo a geração de energia e o registro durante o período de ajustes.
O professor Carlos Antonio Pizo, engenheiro executor do projeto, apresenta outro dado que ajuda a dimensionar o impacto positivo da usina fotovoltaica instalada na UEM. De acordo com ele, a capacidade de produção de energia do sistema é equivalente ao abastecimento de 1,1 mil residências familiares com consumo médio de 150 kilowatts por mês (kW/mês).
EFICIÊNCIA ENERGÉTICA - A usina é resultado de investimento público de pouco mais R$ 7 milhões referentes ao Projeto Prioritário de Eficiência Energética (PEE) e Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), aprovados em 2017 em chamada pública da Copel e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A proposta apresentada pela UEM foi resultado do trabalho conjunto de servidores técnicos e docentes da Prefeitura do Câmpus e da Pró-Reitoria de Planejamento.
Quanto ao convênio de P&D, sob coordenação de pesquisadores do Departamento de Física, a proposta é a criação de uma nova geração de célula solar híbrida para conversão fotovoltaica, capaz de gerar maior quantidade de energia a partir do melhor aproveitamento do espectro da luz solar.
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TROCA DE LÂMPADAS - O edital do Projeto Prioritário de Eficiência Energética (PEE) contemplou, além da usina de minigeração fotovoltaica, a substituição de 28.435 lâmpadas tubulares fluorescentes por lâmpadas Led, o que equivale a 95% do total de lâmpadas instaladas nos edifícios do campus-sede.
Toda a troca foi feita entre abril e junho do ano passado e pelas medições e verificações já realizadas houve uma diminuição expressiva no consumo mensal de energia da UEM. “Os cálculos apontam para uma economia de R$ 401 mil no período de junho de 2019 a maio de 2020, valor esse que a UEM estaria pagando sem a implantação do projeto de eficiência energética”, destaca Pizo.
De acordo com o engenheiro, a previsão é que a troca de lâmpadas e a usina fotovoltaica correspondam a 19,2% na redução do consumo total de energia do campus-sede. Como parâmetro, Pizo diz que em 2016, quando foi elaborado do projeto de eficiência energética, o consumo chegou a 9.387.866 kWh (killowats/hora). No período de junho de 2019 a maio de 2020, que já inclui parte das ações do projeto, o consumo foi de 8.181.862 kWh.
Segundo o reitor Julio César Damasceno, a iniciativa reforça as diretrizes de sustentabilidade previstas na Política Ambiental da UEM. Ele ressalta a necessidade de manter a estratégia, priorizando investimentos em atividades relacionadas ao consumo racional de energia, assim como a participação em novos editais.
Na condição de gestor, Damasceno menciona a demanda dos câmpus regionais da UEM que também carecem de implantação de ações desta natureza.
SOBRE O PROJETO - A chamada pública para o PEE foi exclusiva para instituições de ensino superior. As propostas passaram por um processo de seleção aberta. Entre as universidades do Paraná foram classificadas, além da UEM, a Universidade Estadual de Londrina (UEL), a Universidade Federal do Paraná (UFPR) e a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UFTPR).