SAÚDE

Redução do isolamento social aumenta atendimento a traumas no Paraná

O levantamento é do Complexo Hospitalar do Trabalhador de Curitiba, que aponta aumento preocupante no número de traumas em UTIs.

Redução do isolamento social aumenta atendimento a traumas no Paraná
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a redução no isolamento domiciliar tem contribuído para o aumento de casos. - Foto: Divulgação/Sesa

O Complexo Hospitalar do Trabalhador (CHT) de Curtitiba fez um balanço dos atendimentos desde o início da pandemia da Covid-19 até o final de maio e registrou um aumento preocupante no número de traumas atendidos na última semana deste mesmo mês. De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a redução no isolamento domiciliar tem contribuído para o aumento de casos. O local é referência para atendimentos a acidentes de trânsito, de trabalho e ferimentos por armas, entre outros.

No final de março – quando surgiram os primeiros casos de Covid-19 confirmados no Paraná – os atendimentos a traumas na instituição de saúde caíram de 1.740 por dia para 392 por dia. Já na última semana de maio o número subiu para 789 atendimentos por dia.

“Os dados apresentados mostram, infelizmente, parte do reflexo do descumprimento das medidas de isolamento domiciliar e distanciamento social. Este aumento é preocupante, visto que sobrecarrega os serviços de saúde que, mais do que nunca, precisam estar disponíveis para atendimentos a casos suspeitos ou confirmados de coronavírus”, disse o secretário de Estado da Saúde, Beto Preto.

“Estamos vendo um aumento de circulação de pessoas em todo o Paraná. Sabemos que datas comemorativas e feriados tendem a atrair a população para sair de casa. O momento, no entanto, é de restrição. Precisamos tomar medidas agora para que em breve tudo possa voltar ao normal”, acrescentou o secretário.

COVID-19 – O número de casos confirmados de coronavírus neste período também é alarmante. Em 31 de março, o boletim referente ao monitoramento da doença apontava 179 casos confirmados no Paraná. Dois meses depois, em 31 de maio, o informe registrou 4.687 confirmações, um aumento de 2.518%. Nesta segunda-feira (8), os casos confirmados já ultrapassam a casa dos 7 mil.

“Este aumento progressivo nos atendimentos em Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s) por acidentes domésticos, de trânsito, arma branca e arma de fogo, somados à pandemia que enfrentamos, é extremamente preocupante devido à ocupação destes leitos entre os pacientes”, informou o diretor-superintendente do CHT, Geci Labres de Souza.

Agência Estadual de Notícias