CULTURA

Maringá recebe Orquestra Sinfônica do Paraná

A Orquestra Sinfônica do Paraná fará única apresentação em Maringá nesta quinta-feira (13), no Teatro Calil Haddad, a partir das 21 horas.

O concerto faz parte da edição especial do "Convite à Música", projeto de difusão da música no município, desenvolvido pela Prefeitura de Maringá ­Secretaria da Cultura todas as quintas-feiras há mais de um ano.

A secretária da Cultura, Flor Duarte, explica que "o 'Convite à Música' vem sendo o principal projeto cultural desenvolvido pela administração municipal".

A apresentação contará com a presença de 90 músicos e com a participação especial da pianista solista Alicia Gabriela Martinez, venezuelana que estuda música em Nova Iorque e na Alemanha.

A entrada será gratuita e os convites podem ser retirados 1 hora antes do espetáculo no próprio teatro.

Para a secretária da Cultura, a apresentação da Orquestra Sinfônica do Paraná em Maringá com entrada franca "é uma oportunidade para refletirmos.

Nossa cidade merece ter uma orquestra".

O concerto é resultado de uma parceria entre Prefeitura de Maringá ­ Secretaria da Cultura, Governo do Paraná ­ Secretaria do Estado da Cultura e Prefeitura de Londrina ­ Festival de Londrina.

Segundo o diretor do espetáculo, Marco Antônio Almeida, "as apresentações da orquestra fazem parte da extensão do Festival de Londrina e marcam o lançamento da série 'Música na Região'".

A Orquestra Sinfônica do Paraná irá se apresentar em Maringá, Apucarana e Londrina, neste mês, seguindo a programação da nova série.

A Orquestra Sinfônica do Paraná - OSP foi criada em 28 de maio de 1985.

O primeiro maestro titular e emérito foi Alceo Bocchino e o primeiro maestro adjunto, Osvaldo Colarusso.

Para o programa de estréia foram escolhidas a abertura da Ópera Anacreon, de Luigi Cherubinni (primeira audição no Paraná), sob a regência de Osvaldo Colarusso; Sinfonia Nº 8, em sol Maior, de Beethoven; e Concerto Nº 5 em mi bemol, opus 73, O Imperador sob a regência de Alceo Bocchino e solo do pianista Fernando Lopes.

A banca examinadora para compor a orquestra foi formada pelos maestros Alceo Bocchino, Claudio Santoro, Mário Tavares e a violinista Eleni Bettes.

Osvaldo Colarusso disputou a vaga de maestro adjunto com outros 17 maestros de vários estados brasileiros.

A banca escolheu ainda os 61 músicos que formaram a orquestra.

Em 1998, Roberto Duarte foi nomeado regente titular da OSP.

Sua regência foi até 2000, quando foi substituído por Jamil Maluf, que passou o cargo, em 2002, para Alessandro Sangiorgi.

Desde então, a OSP desenvolve um repertório amplo e eclético.

Foram feitos cerca de 750 concertos, óperas e balés apresentados em diversas cidades brasileiras.

No repertório estão obras de mais de 200 compositores nacionais e internacionais, que contribuem para o amadurecimento do corpo sinfônico e para a formação de platéia.

A parceria com o Balé Teatro Guaíra também foi reativada após cinco anos que os dois não atuavam juntos.

A Orquestra Sinfônica do Paraná já se apresentou sob a regência de Norton Morozowicz, Claudio Santoro, Henrique Morelenbaum, John Neschling, David Machado, Roberto Duarte, Aylton Escobar, Frederico Gerling Júnior, Tomas Toscano, Paulo Torres, Erol Erdince, Manuel Alvarez, Helmut Imig, Pierre Huwiller, Sergio Magnani, Manuel Ochoa, Eugene Ratchev e Alessandro Sangiorgio.

Também estiveram à frente da OSP, Miguel Angel Gilardi, Cláudio Ribeiro, Graham Griffiths, Emanuel Martinez, Roberto Tibiriçá, Silvio Barbato e Peter Aderhold e com os instrumentistas Nelson Freire, Arthur Moreira Lima, Arnaldo Cohen, Turíbio Santos e Antônio Lauro Del Claro.

A Orquestra Sinfônica do Paraná realiza concertos e é freqüentemente convidada para abrir festivais de música, tanto no Paraná como em outros estados.

Com apenas 22 anos, Alicia Gabriela Martinez tem uma lista impressionante de recitais e concertos com orquestra.

Desde a sua estréia nos palcos aos 7 anos, com o concerto Op. 19 nº 2 de Beethoven com a Orquestra Sinfônica da Venezuela, a pianista já se apresentou com diferentes orquestras nacionais e internacionais tais como a Filarmônica de Sttutgart, Tivoli Philarmonic, Super World Orquestra, New Jersey Simphony, Forth Worth Symphony, Phiharmonisches Staatsorchester Halle, Orquestra da Juventude Venezuelana Simon Bolívar, A Orquestra Juilliard, Orquestra Filarmônica Nacional, Orquestra Sinfônica Gran Mariscal de Ayacucho, entre outras.

A pianista já se apresentou no Carnegie Hall, Avery Fisher Hall, Alice Tully Hall, New Jersey Performing Atrs Center, Festpielehaus em Salzburgo, Handelhaus em Halle, Semperoper em Dresden, no Tivoli Gardens em Copenhagen e em mais de 50 salas de concertos nos Estados Unidos e Alemanha e também em St. Moritz, Sendai, Tel Aviv, Tókio, Roma, Montpellier, Veneza, Londrs, Spoleto, Bruxelas e Bogotá.

Alicia Gabriela pertence a uma família com grande tradição musical.

Começou seus estudos com sua mãe, a pianista e professora Alicia Gaggioni, e também com Miyoko Lotto na Perlman Music Program.

Aluna de Mestrado pela Juilliard School a pianista é bolsista com o apoio da Fundação Meijer-Werner, onde estuda regularmente com Marco Antonio de Almeida na Alemanha.

A Orquestra Sinfônica do Paraná é uma das poucas no Brasil que já interpretou as noves sinfonias de Beethoven.

O primeiro Ciclo Beethoven (as Nove Sinfonias, em Quatro Concertos) foi em 1998 e, em 2000, a OSP voltou a presentar as composições mais conhecidas do compositor alemão.

As sinfonias de Brahms e as composições de Gershwin também foram interpretadas pela orquestra.

Ainda em 1998, a OSP foi convidada para abrir o Festival Villa-Lobos, no Rio de Janeiro.

Foi a primeira vez que uma orquestra de outro estado abriu o evento.

Em 2000 a OSP foi regida pela primeira vez por uma mulher, a maestrina Lígia Amadio, titular da Orquestra Nacional do Rio de Janeiro, que conduziu a OSP em turnê pelo interior do Paraná.

Em maio de 2004, a maestrina voltou a reger a sinfônica paranaense, apresentando Beethoven e Mozart, no auditório Bento Munhoz da Rocha Netto (Guairão) do Teatro Guaíra.

Ainda em 2000, sob a direção do maestro Jamil Maluf, a Sinfônica buscou ampliar o seu público.

Colocou em seu repertório trilhas sonoras de cinema, um inédito concerto para computador e espetáculos com a participação de instrumentistas de Música Popular Brasileira, como Naná Vasconcelos e Osvaldinho do Acordeon.

Em 2003, a Orquestra Sinfônica do Paraná inovou com concertos nas sextas-feiras à noite, além dos concertos aos domingos pela manhã.

Em 2004, a Sinfônica Paranaense apresentou de Wolfgang Amadeus Mozart, Die Zauberflöte (KV 620), Concerto para Violino e Piano em Ré Maior KV. Anh. 56 (KV 315F), em première nacional, tendo como solistas Sabine Gabbe (violino) e Isabel Gabbe (piano) sob a regência do maestro Peter Aderhold.

Outra atração foi o solista Goetz Bernau (violino) em Concerto para Violino e Orquestra , de Alban Berg, sob a regência de Alessandro Sangiorgi Ainda em 2004, a OSP e o Balé Guaíra programaram três grandes espetáculos em conjunto.

O primeiro foi Pastorale, com coreografia de Milko Sparemblek e música de L.V. Beethoven, além de Exultate Jubilate, com coreografia de Vasco Wellenkamp, música de W.A. Mozart e participação da soprano Kalinka Damianiem.

Informações na Secretaria da Cultura de Maringá, pelo telefone 3901-1823, com Sônia.

Pmm