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Piquetes impedem saída de caminhões de lixo e Sismmar assume multa

Três, dos onze caminhões coletores de lixo que garantiriam a coleta parcial em Maringá foram impedidos, nesta terça-feira (20), de serem retirados da sede da Secretaria dos Serviços Públicos – SSP.

Representantes do Sismmar se organizaram em piquetes e não permitiram que os caminhões saíssem para realizarem a coleta. O sindicato assumiu mais uma multa, no valor de R$ 20 mil, para que o lixo continue espalhado pelas ruas da cidade.

O secretário dos Serviços Públicos, Diniz Afonso, o oficial de justiça Franki Marcos Sakiama e o tenente do 4º Batalhão da Polícia Militar, Ademar Carlos Pascoal participaram da conversa com integrantes do sindicato para tentar garantir a coleta com pelo menos três caminhões.

O lixo acumulado pelas ruas de Maringá já soma mais de 4 mil toneladas e no 16º dia de greve, servidores, diretores e o secretário da Secretaria dos Serviços Públicos que não estão em greve receberam permissão dos grevistas para entrarem no local de trabalho.

Mas foi em vão, porque os grevistas decidiram não liberar os caminhões coletores de lixo.

Segundo o secretário, Diniz Afonso, a intenção era liberar pelo menos três caminhões, já que desde segunda-feira (19) a frota municipal está “seqüestrada” pelos grevistas.

“Outra vez os grevistas impediram os caminhões de trabalharem, complicando ainda mais a situação de acúmulo de lixo em vários bairros da cidade.

Quem quer trabalhar precisa ter esse direito assegurado”, ressalta Diniz, preocupado com problemas sanitários que possam ser causados pelo lixo acumulado.

Outros serviços também estão sendo prejudicados na Secretaria dos Serviços Públicos, de onde os grevistas não deixam sair nenhum veículo para trabalhar.

A Secretaria é responsável pela varrição de ruas, roçadas, capinas, podas de árvores, praças, coleta de animais mortos, manutenção do Cemitério Municipal, serviços de iluminação pública, conservação da malha asfáltica, tapa-buracos e reperfilagem em Maringá e nos distritos de Iguatemi e Floriano.

A Secretaria que está com atividades paralizadas e cercada pelos grevistas também é responsável pela conservação e manutenção de 300 quilômetros de estradas rurais, drenagem, cascalhamento e pontes de madeira. Com os piquetes, estão mantidos apenas os serviços de reperfilagem, roçada, capina e remoção de árvores, executados por empreiteiras.

De acordo com o secretário, Diniz, os piquetes impedem o trabalho dos servidores da Secretaria desde o início da greve, no último dia 5, embora menos de 20% dos 940 servidores tenham aderiram à greve e outros sejam impedidos pelos grevistas de trabalhar.

“Os grevistas estão acampados em frente à Secretaria e estão atuando intensamente na obstrução da coleta de lixo e, inclusive, no abastecimento de veículos de secretarias como a da Saúde, Educação, Setran e Serviços Públicos, principalmente”, destaca.

Pmm