A Secretaria da Assistência Social e Cidadania - Sasc promoveu, ontem segunda-feira (12), atividades culturais e educativas para crianças e adolescentes em comemoração ao Dia Mundial do Combate ao Trabalho Infantil, além de mobilizações para alertar os adultos. O objetivo das atividades foi conscientizar as famílias sobre o problema e despertar discussões que gerem mecanismos para evitar que crianças e adolescentes sofram exploração do trabalho infantil.Em todo Brasil, vários eventos ocorreram com o objetivo de chamar a atenção de toda a sociedade durante a campanha. Em Maringá, durante toda esta semana, no Paço Municipal, serão expostos trabalhos desenvolvidos por crianças e adolescentes das unidades de contraturno social da Secretaria da Assitência Social e Cidadania - Sasc.Ontem segunda-feira (12), foi feita uma abordagem educativa com a entrega de panfletos em três pontos da cidade de grande fluxo de pessoas (avenida Herval esquina com a avenida Brasil, praça Raposo Tavares e na praça Napoleão Moreira Lima) com o objetivo de sensibilizar a sociedade civil sobre a importância do combate ao trabalho infanto-juvenil, ressaltando que a infância é tempo de brincar e aprender.Ainda como parte das atividades, alunos das unidades de contraturno social da Sasc participaram de oficinas recreativas e esportivas no Ginásio de Esportes Valdir Pinheiro, com o apoio da Secretaria dos Esportes e Lazer. Foram desenvolvidas atividades esportivas e de lazer com mais de 200 crianças de 7 a 14 anos que participam do contraturno escolar nos Centos Integrados de Atividades Culturais e Artísticas – CIACAs.Para o encerramento da programação, foi realizado um abraço simbólico na Catedral, com a participação de cerca de 600 crianças e adolescentes alunos da Rede de Atendimento da Sasc e autoridades, que carregaram cata-ventos (símbolos do combate ao trabalho infantil) e também cantaram a música “Nunca Pare de Sonhar”, do compositor Gonzaguinha.O prefeito Silvio Barros; o arcebispo de Maringá, Dom Anuar Batisti; a secretária da Assistência Social e Cidadania, Sandra Franchini da Costa; a diretora da Secretaria de Estado do Trabalho, Emprego e Promoção Social, Mônica Grillo; entre outros participaram do abraço.Para o prefeito Silvio Barros, o trabalho infantil deve ser combatido em todos os dias do ano, garantindo a proteção e a integridade das crianças. “A infância é uma época essencial na vida das pessoas e não deve ser marcada pelo trabalho, mas sim pela educação, pelo esporte e pelo lazer. Por isso temos que alertar a população quanto a importância da infância, que é um direito garantido”, destaca.Segundo a secretária da Assistência Social e Cidadania, Sandra Franchini da Costa, foi desenvolvido um programa especial para combater o trabalho de crianças e adolescentes. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - Peti atende mais de 300 crianças e adolescentes, entre 7 e 16 anos. "Temos uma preocupação muito grande em acabar com o trabalho infantil, que coloca as crianças em situações perigosas, penosas, insalubres e até degradantes, como descreve o próprio Ministério do Trabalho".O Peti permite que crianças e adolescentes em situação de exploração de trabalho recebam uma bolsa em dinheiro de R$ 40,00 e sejam inseridos em programas de jornada ampliada e contraturno social.
"O objetivo é promover atividades para mantê-los fora das ruas e sem risco de exploração", explica a diretora do programa, Thais Regina Morales.Para a permanência das crianças e adolescentes no programa é preciso seguir alguns critérios, como a freqüência escolar mínima de 75% no ano letivo e a mesma porcentagem de presença nas atividades propostas.No Brasil, a semana de mobilização de combate ao trabalho infantil é coordenada pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome – MDS e pela Organização Internacional do Trabalho – OIT. A data foi instituída em 2002 em virtude da publicação do relatório da Conferência sobre o Trabalho Infantil em Genebra.O símbolo da campanha é um brinquedo multicolorido e cheio de energia, o cata-vento, que foi criado no Brasil como contribuição de uma agência de publicidade para a campanha e foi adotado pela OIT em todo o mundo. O catavento colorido simboliza o respeito à criança e à diversidade de raça. Suas cinco pontas representam todos os continentes. Ao girar, inspiram a mobilização, a geração de energia capaz de mudar a situação de milhões de crianças exploradas em todo o mundo.O Brasil é visto como referência mundial no combate à exploração de crianças por ser o único país a adotar uma política específica contra a mão-de-obra infanto-juvenil. O Programa de Erradicação do Trabalho Infantil – PETI tem como objetivo retirar crianças e adolescentes do trabalho, mantê-los na escola e no contraturno social e Promover a inserção social de suas famílias.Para denunciar o trabalho infantil basta ligar na Sasc, 3221-6400.