PLANEJAMENTO

Sistema permite construir modelo tridimensional da cidade

Sistema permite construir modelo tridimensional da cidade
O Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Maringá (IPPLAM) desenvolve estudos que permitem visualizar o grau de verticalização e ocupação do município numa perspectiva tridimensional. O sistema, baseado em escaneamento a laser por pontos de nuvem, gera um desenho tridimensional (modelagem) de todo o território. A ferramenta também possibilita visualizar informações quanto ao desnível de lotes, altura de edificações e largura de vias.

“É possível visualizar como a cidade está ocupada em termos de verticalização das edificações e ocupação dos lotes, proporcionando um melhor entendimento quanto ao adensamento, distâncias e otimização da utilização da infraestrutura do município”, explica o diretor-presidente do Ipplam, arquiteto Celso Saito, acrescentando que o modelo gerado permitirá projetar a ocupação do espaço urbano pelas próximas décadas.

Como exemplo, Celso Saito cita a ocupação da Zona 3 (Vila Operária). “O sistema permite antecipar a verticalização da região e medir impactos”, afirma. Na prática, a construção de um modelo digital a partir das informações geradas pelo sistema 3D Laser Scan permitirá entender as intervenções necessárias para preservar a qualidade de vida, a partir de melhorias no trânsito, área de lazer e equipamentos de educação e saúde, por exemplo.

O sistema de escaneamento por nuvem de pontos consiste numa varredura aérea com rastreamento a laser de alta precisão, que identifica vários elementos da paisagem, marcando milhões de pontos que, processados em softwares específicos, possibilitam desenhar a cidade, criando um modelo tridimensional. “Nosso trabalho não se concentra apenas em manter a qualidade de vida da população, mas ordenar a ocupação urbana para preservá-la no futuro. O comprometimento com a organização da ocupação urbana no presente é indispensável para que no futuro a cidade preserve suas características de cidade planejada que tanto orgulha a cidade”, explica Celso Saito.

O sistema já apresenta benefícios e está sendo útil para visualizar os condomínios da cidade, que auxiliarão na definição da quantidade de pessoas necessárias para realizar o recenseamento de 2020. Este dado será fornecido à agência do IBGE de Maringá para que possam quantificar o pessoal de levantamento em campo.