DENGUE

Ovitrampas complementa monitoramento do mosquito Aedes aegypti

Ovitrampas complementa monitoramento do mosquito Aedes aegypti
A Secretaria de Saúde, por meio da Gerência de Zoonoses, complementa o Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (Lira) com a utilização do “ovitrampas”. Diferentemente do Lira que utiliza amostragens no número de larvas, a metodologia do ovitrampas consiste na utilização de armadilhas para recolhimento de ovos de mosquitos.

As armadilhas são vasos de plantas, não furados, com cerca de 300 milímetros, um pedaço de madeira (paleta) e levedo de cerveja. Mosquitos fêmeas depositam seus ovos que ficam presos às paletas e depois contados pela Saúde.

Nesta semana foram instaladas 145 armadilhas em 18 bairros que normalmente têm maiores índices de infestação. Após alguns dias são retiradas e introduzidas novas paletas. “Este trabalho vai reforçar as amostragens do Lira e proporcionar uma ação mais eficaz para o controle da dengue”, ressalta a gerente de Zoonoses, Janete Fonzar.

No final do passado, o município participou de um projeto da Secretaria de Estado de Saúde e Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) para verificar a eficácia de inseticidas com ovitrampas. O estudo ainda prossegue. Agentes do controle da dengue e equipes do Centro de Zoonoses passaram por capacitação para instalação das armadilhas.

O último Lira realizado entre os dias 20 a 25 de agosto apontou uma redução para 0,8 % no Índice Geral de Infestação Predial do Município de Maringá (IIP). No período foram notificados 889 casos, com apenas 14 deles confirmados.

O levantamento está nos padrões considerados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O máximo seria de 1%. O primeiro índice deste ano foi de 3,6% (de 29 de janeiro a 2 de fevereiro) e o segundo foi 1,1% (23 a 28 de abril). Além da redução do índice geral, o terceiro Lira também elimina áreas de alto risco.

As primeiras áreas consideradas de médio risco são Jardim Olímpico, Montreal, Mandacaru e Mandacaru II, com IIP de 2,4%. Na sequência, Zona 7, Novo Horizonte, VI Bosque, parque da Gavea, conjunto residencial Cidade Alta e parque Tarumã, com IPP de 1,4%. Os principais criadouros do mosquito são o lixo intradomiciliar (primeiro lugar), vaso de planta (segundo lugar), barris e tinas (terceiro lugar). Os lugares com menor risco de infestação são Vila Operária e Zona 8, com IIP de 0,2% e área Central 0%. A previsão é que o próximo Lira seja realizado em novembro.