SAÚDE

População deve ficar atenta ao surto de sarampo

População deve ficar atenta ao surto de sarampo
O sarampo é uma infecção viral grave, principalmente para crianças pequenas. Extremamente contagiosa, a doença pode evoluir com complicações e levar ao óbito. No Brasil, até então, desde 2001 não havia registro de sarampo autóctone, isso é, aquele que é adquirido dentro do país, tanto que em 2016 a Organização Panamericana de Saúde (OPAS) conferiu o certificado de eliminação da doença. Porém, o vírus voltou a circular e fez vítimas após a entrada de venezuelanos infectados.

De acordo com o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, o país tem mais de mil casos confirmados. Até o momento, existem dois surtos, ambos na Região norte: no Amazonas com 742 casos e em Roraima com 280. Outros casos confirmados estão em moradores dos estados do Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, São Paulo, Rondônia e Pará.

De acordo com o infectologista da Unimed Maringá, José Ricardo Colleti Dias, o vírus geralmente se espalha no ar quando uma pessoa infectada tosse ou respira. Além de secreções respiratórias ou da boca, também é possível se contaminar por meio da dispersão de gotículas com partículas virais no ar, que podem perdurar por tempo relativamente longo. "O sarampo é tão contagioso que pode ser transmitido a alguém que esteja a até dois metros de distância, por isso, ambientes fechados são mais propícios para a transmissão", diz.

A única forma de prevenção do sarampo é a vacinação, por isso, o surto na Região norte poderia ser muito menor se a população brasileira estivesse devidamente imunizada. As crianças devem tomar duas doses das vacinas combinadas de rubéola, sarampo e caxumba, conhecida como tríplice viral. A primeira dose deve ser administrada com um ano de idade e a segunda, entre quatro e seis anos. Já os adolescentes e adultos (homens e mulheres) devem tomar a vacina tríplice viral ou dupla viral (contra sarampo e rubéola).