TERMINAL INTERMODAL

Prefeitura faz nova sondagem no terreno para retomar obras

Prefeitura faz nova sondagem no terreno para retomar obras
Perfuração de 12 pontos de sondagem possibilita análise do subsolo
Equipe da empresa Engebrax Saneamento e Tecnologia Ambiental iniciou na manhã desta segunda, 27, a perfuração de 12 pontos de sondagem para análise do subsolo no terreno destinado à implantação do Terminal no Novo Centro.

A sondagem do tipo SPT - também conhecido como sondagem à percussão ou sondagem de simples reconhecimento - é realizada na área compreendida entre as avenidas João Paulino e Horácio Raccanello Filho, onde está prevista a construção da estação subterrânea de embarque e desembarque de passageiros do modal ferroviário.

Técnicos e engenheiros da Secretaria Municipal de Obras Públicas (Semop) acompanham os trabalhos e calculam que a sondagem deve demorar em torno de 30 dias para ser concluída, já que cada ponto exige, em média, três dias para ser perfurado.

De acordo com o secretário Marcos Zucoloto Ferraz, esse trabalho é fundamental para esclarecer divergências apontadas em duas sondagens anteriores. A primeira pesquisa, realizada pela empresa contratada para estudo geológico das características do solo para as fundações, apontou rochas a 18 metros de profundidade. Na segunda sondagem, feita pela empresa executora das obras do Terminal, foi revelado que a presença de rochas ocorre a 33 metros da superfície, o que dificultaria a construção da estação para associação ao trem no subsolo. “Essas perfurações, agora executadas por meio de estacas escavadas mecanicamente, nos possibilitam refazer os cálculos estruturais da fundação para que as obras de construção do terminal sejam retomadas”, assegura.

CPI na Câmara

Ao atender convite dos vereadores que compõem a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), instalada pela Câmara Municipal de Maringá para investigar atrasos e erros detectados no projeto, o engenheiro responsável pela empresa executora das obras civis do Terminal afirmou que a retomada da construção ainda depende de outra série de fatores. Ele citou que, além da inconsistência de valores apontados no trabalho de sondagem do solo, falta detalhamento nos projetos básicos de engenharia, também elaborados pela mesma empresa.

Entre os elementos omitidos estariam detalhes dos “chumbadores” necessários para fixação da estrutura metálica na base de concreto; incompatibilidade de equipamentos a serem instalados, como escadas rolantes para interligação da parte rodoviária com a estação de embarque ferroviário; ausência de dutos de ventilação forçada; interferência das obras do terminal na rede elétrica subterrânea de alimentadores da Copel e falta de sistema de drenagem de águas pluviais ligada às galerias existentes e outras inconsistências estruturais.

São projetos que devem ser revistos para a implantação das mudanças necessárias no sistema de transporte coletivo urbano, que custariam mais R$ 2,6 milhões, além de R$ 130 mil de gastos com os “chumbadores”.

Conforme cronograma estabelecido em conjunto pelas secretarias de Planejamento e Urbanismo (Seplan), Mobilidade Urbana (Semob) e Obras Públicas (Semop), as obras e intervenções técnicas na área do Novo Centro vão acontecer em uma só etapa. Entre as intervenções previstas no programa de Mobilidade Urbana constam a desativação do atual terminal urbano, instalação de abrigos provisórios para passageiros na área central e a implantação do corredor de ônibus Norte-Sul, na Avenida Morangueira. O corredor de ônibus projetado vai desde a confluência com a Avenida Colombo até sua conjugação com os Terminais de Integração que estão em construção na Praça Ouro Preto - no cruzamento das avenidas Morangueira e Dr. Alexandre Rasgulaeff; Praça Emílio Farjado Espejo - no cruzamento das avenidas Kakogawa e Américo Belay - e Praça Megumu Tanaka, no cruzamento da Avenida Kakogawa com as avenidas das Palmeiras e das Grevíleas.