ASSISTÊNCIA SOCIAL E CIDADANIA

Crise econômica aumenta fluxo de migrantes/itinerantes em Maringá

Crise econômica aumenta fluxo de migrantes/itinerantes em Maringá
Alta no fluxo migratório aumentou demanda de pessoas por abrigo
O fluxo de migrantes/itinerantes em Maringá aumentou entre dezembro de 2016 e início de 2017. A informação é do Centro de Referência Especializado de População em Situação de Rua (Centro Pop), órgão subordinado a SASC (Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania). A procura de emprego justifica os deslocamentos até os grandes centros urbanos.

A mudança de perfil dos migrantes/itinerantes no município também tem sido identificada. Até então, a maioria era de pessoas oriundas de cidades da região e exclusivamente brasileiros. A situação atual é de presença de maior número de pessoas de outros estados e até mesmo de outros países, como nigerianos e haitianos, todos em situação de desemprego e, portanto, em situação de vulnerabilidade.

A alta no fluxo migratório também aumentou a demanda de pessoas por abrigo. No Albergue Santa Luzia de Marillac, entidade parceira da Prefeitura para abrigar até 30 pessoas, atende hoje mais que o dobro desse número. Quanto as pessoas em situação de rua, houve uma redução no registro de abordagens no município no final do ano passado e um pequeno aumento nesse início de janeiro. Nos últimos quatro anos a média de pessoas em situação de rua variou entre 150 a 200 pessoas.

No caso dos migrantes/itinerantes a secretaria tem efetuado o encaminhamento aos municípios onde os mesmos possuem familiares e/ou postos de trabalho disponíveis. As pessoas em situação de rua, dependendo da sua condição e de sua vontade, os demais serviços públicos de assistência são disponibilizados como assistência médica, alimentação, abrigo, entre outros. O primeiro contato é feito pelo serviço especializado em abordagem social e com o cadastro no Centro Pop é possível monitorar cada situação.

No plano de governo da SASC algumas ações serão executadas para ampliar e melhorar o atendimento tanto para migrantes/itinerantes, moradores de rua e quanto às pessoas em situação de rua. Uma das medidas propostas, segundo o secretário responsável pela pasta, Ederlei Alkamim, refere-se a ampliação nos horários do serviço especializado em abordagem social, que hoje funciona das 8h às 23h. O objetivo é torná-lo ininterrupto e permanente. Outra proposta destacada pela gestão é a construção de um abrigo municipal. Os projetos estão em fase de estudo para implantação.