A chegada do verão, com temperaturas mais altas e o clima chuvoso, propicia o acúmulo de água e o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, transmissor de doenças como a dengue, a zika e a chikungunya. Quem vai viajar deve redobrar os cuidados para evitar o avanço dessas doenças.Antes de deixar o imóvel, o morador deve verificar se não está abandonando recipientes que possam acumular água e servir como criadouro para as larvas do mosquito. É recomendado prestar atenção em espaços que nem sempre são lembrados, como bromélias, ocos de árvores, ralos e coletores de água da geladeira/ar condicionado.“São poucos minutos que fazem toda a diferença no combate ao mosquito. Mantendo a casa sem água parada, você protege sua família e também os seus vizinhos”, diz a chefe do Centro Estadual de Vigilância Ambiental, Ivana Belmonte.
As mesmas recomendações devem ser seguidas por quem aluga uma casa na temporada. “A chegada deve ser acompanhada de uma vistoria cuidadosa em vasos, baldes, piscinas, vasos sanitários, tanques, garrafas e qualquer objeto que possa juntar água durante a ausência dos moradores”, complementa Ivana.
NÚMEROS – Desde agosto, 1.281 casos de dengue foram confirmados no Paraná, a maioria nas regiões Norte e Oeste. Dos 399 municípios do Estado, 86 tiveram casos de dengue confirmados. Até o momento, pelo menos quatro cidades já estão em situação de epidemia: Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Itambaracá e Guaraci.
ORIENTAÇÃO – O verão é a estação do ano que mais concentra casos de dengue no Paraná. As temperaturas mais quentes favorecem a eclosão dos ovos do mosquito Aedes aegypti. Os ovos geralmente são depositados em água parada e podem sobreviver por mais de um ano à espera de um clima propício para se desenvolver.Entre os criadouros mais comuns estão vasos e pratos de plantas, garrafas pet, copos plásticos, sacolas, latas e outros materiais recicláveis. Também existem outros vilões que nem sempre estão à vista, como calhas entupidas, ocos de árvores, bromélias e bandejas externas de geladeira.