DENGUE

Segundo índice de focos do mosquito da dengue do ano é de 1% em Maringá

Segundo índice de focos do mosquito da dengue do ano é de 1% em Maringá
Secretária de Saúde, Carmen Inocente, durante a apresentação do Lira

A Secretaria de Saúde divulgou nesta quinta-feira (14), o segundo índice de focos os mosquito da dengue (Lira) deste ano, que ficou em 1% em levantamento realizado entre os dias 4 e 8 de maio. “O índice geral está dentro do padrão aceito pela Organização Mundial de Saúde, estamos com o número de casos confirmados para dengue dentro do controle, mas não existe trégua para combater o mosquito e continuamos mobilizados”, afirmou a secretária de Saúde, Carmen Inocente, durante a apresentação do Lira.

Segundo Carmen Inocente Maringá está em uma situação positiva em relação ao ano passado e à boa parte dos municípios brasileiros. No mesmo período do ano passado, a Secretaria de Saúde havia notificado mais de 6 mil casos e confirmados 2.185. Este ano são 2,5 mil notificados e 440 confirmados. “Com dengue não podemos descuidar, e esses resultados mostram a política pública adotada pela administração junto com a sociedade civil através do Comitê Municipal de Combate à Dengue no combate ao mosquito”.

A secretária destaca que apesar do índice geral positivo, persistem algumas questões que podem ser melhoradas com a participação das pessoas, começando pelos principais criadouros do mosquito. Pelo levantamento, 53,9% dos focos foram encontrados no lixo intradomiciliar, seguido de barris e tinas com 19,6%, casos de planta com 12,7% e depósitos fixos com 7,7%. “Todos em condições de serem eliminados pelas pessoas”, lembra Carmen Inocente.

Lixo e vasos

A primeira área com maior índice, de médio risco, é da Vila Morangueira e ampliação, e o Jardim Alvorada, com 2,4% e os principais criadouros no lixo com 57,1%, seguido pelos pneus e vasos. Na sequência está a região da Vila Santo Antônio, Jardim Alvorada I e II e Jardim Ebenezer com 2,0% e 90,9% dos focos no lixo.

A região do Parque Hortência, Hortência II, Ney Braga, Moradias Atenas e Jardim Mandacaru I é a terceira de médio risco com índice de 1,9% e empatados com 33,3% dos focos no lixo e vasos de plantas. Com 1,8% de índice a região do Residencial Aeroporto, Porto Seguro I e Vila Nova também tem médio risco e 66,7% dos focos no lixo, seguido dos barris e tinas com 22,2%.

A região da Vila Operária e Zona 8 tem infestação de 1,6%, com os principais criadouros nos barris e tinas com 71,4% e no lixo com 28,6%. A sexta área com médio risco é do Jardim América, Parigot de Souza, Karina, Patrícia e Requião, com 1,5% de índice e os principais focos no lixo com 57,1% e nos vasos de plantas com 28,6%.

Ainda com médio risco está a área do Residencial Champagnat, Paulino Carlos Filho, Requião II, Paulista e Colina Verde com 1,4% e os principais criadouros no lixo com 71,4%, e em barris e tinas ou em vasos com 14,3% cada. A última área de médio risco, com índice de 1,2%, é do Recanto dos Magnatas, Zona 6, Zona 5 e Jardim Cidade Monções, onde empatam em 33,3% dos focos nos barris e tinas, e nos vasos de plantas.

Baixo risco
A primeira área de baixo risco à na Zona 4 e Zona 7 com 0,8%, e os principais criadouros nos barris e tinas com 40%, seguido do lixo, pneus e depósitos fixos com 20% cada. A região do Jardim Ouro Cola, Cocamar, Subestação da Copel, Posto Boa Vista, Parque Itaipu, Borba Gato, São Clemente e distrito de Floriano, registrou índice de infestação de 0,7%, com 100% dos criadouros no lixo intradomiciliar.

A região do Jardim São Domingos, Conjunto Santa Terezinha e distrito de Iguatemi tem índice de 0,6%, de baixo risco, com metade dos criadouros nos vasos de plantas e a outra metade no lixo. O centro da cidade também registrou 0,6% com 66,7% dos focos no lixo e 33,3% nos depósitos fixos. Ainda em baixo risco está a região do Conjunto Lea Leal, Branca Vieira, Oásis e Jardim Pinheiros, com 0,6% de índice e os principais focos no lixo com 60% e nos barris e tinas com 40%.

Com infestação de 0,5% e baixo risco está a região do Posto Duzentão, Cidade Nova, Residencial Eldorado, Cidade Jardim, Sumaré e Jardim Licce, com 100% dos focos no lixo. A região do Parque das Grevileas, Quebec, Herman Moraes de Barros, Parque das Bandeiras, Jardim Diamante, Oriental e Condomínio Cidade Campo está com 0,4% de índice e os principais focos no lixo e em barris e tinas com 50% cada.

Na região do Jardim Real, Parque das Laranjeiras e Monte Rey o índice é de 0,4% e os principais criadouros barris e tinas com 50% e pneus com os outros 50%. Ainda com baixo nível, Jardim Olímpico, Montreal, Mandacaru e Mandacaru II também com 0,4% e metade dos criadouros nos vasos de plantas e a outra metade no lixo intradomiciliar. Com o mesmo índice de 0,4% está o Jardim Novo Horizonte, também com os focos divididos meio a meio nos vasos de plantas e depósitos fixos.

Barris e tinas

Na região do Jardim Universitário, Vila Esperança e Vila Esperança II o índice está em 0,2%, com 100% dos criadouros em barris e tinas. A última área, também com índice de 0,2%, é a do Parque da Gávea, Cidade Alta e Parque Tarumã, com 50% dos focos no lixo e outra metade em barris e tinas.

A enfermeira do setor de controle da dengue da Secretaria de Saúde, Janete Fonzar, apresentou ainda as áreas com maior registro de casos notificados. Os três primeiros são o Jardim Alvorada com 155 casos, a Zona 7 com 135 e a Vila Morangueira, com 105 casos. “O Lira é importante para orientar as ações da secretaria e do Comitê de Combate à Dengue e alertar os moradores para as áreas de maior risco a se envolverem no combate à água parada”, explica.

Foram apresentadas ainda as campanhas realizadas em conjunto com as secretarias municipais e os integrantes do Comitê, os programas de capacitação dos Agentes Ambientais, as orientações em eventos de empresas e instituições de ensino e as ações de limpeza de imóveis e terrenos públicos e privados. “Estamos preparando ações junto com os conselhos locais especialmente nas regiões mais críticas e contamos com a participação dos moradores”, afirmou Carmen Inocente.

A secretária revelou ainda que diante da situação de Maringá, outros municípios estão consultando como a dengue é tratada pela Prefeitura local. “Primeiro esclarecemos que são 20 anos de ações junto com a sociedade e o comprometimento de todos, dos conselheiros locais aos secretários municipais, sem trégua contra o mosquito”.